Economia

Municípios produtores de petróleo reclamam de perdas

A Ompetro quer dialogar com as empresas produtoras para tentar estabelecer um programa que possa parar com as demissões no setor

Plataforma de exploração de petróleo na Bacia de Campos, próximo da costa do Rio de Janeiro (Rich Press/Bloomberg)

Plataforma de exploração de petróleo na Bacia de Campos, próximo da costa do Rio de Janeiro (Rich Press/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 2 de fevereiro de 2015 às 21h39.

Rio de Janeiro - A Organização dos Municípios Produtores de Petróleo (Ompetro) vai  elaborar um documento a ser encaminhado aos governos estadual e federal solicitando a ajuda para manter a política de investimentos na região produtora do Rio de Janeiro, disse, hoje (2), o secretário executivo da Ompetro, Marcelo Neves.

Acrescentou que a iniciativa deve-se a queda registrada nos últimos meses na receita dos municípios produtores.

A entidade promoveu esta tarde, em Macaé, no norte fluminense, reunião para traçar uma estratégia comum de enfrentamento da queda nos royalties do petróleo e nos repasses federais e estaduais. 

Ele justificou o pedido de ajuda pelo fato de  a região “ser altamente importante para o país”. Neves acrescentou que só a Bacia de Campos responde por cerca de 86% da produção nacional de petróleo e gás.

A Ompetro quer dialogar com as empresas produtoras para tentar estabelecer um programa que possa parar com as demissões no setor, intensificadas nos últimos dias.

O secretário executivo lembrou que o custo da produção é muito mais alto do que no Oriente Médio e se a cotação estiver abaixo ou próximo do custo de produção, acaba não sendo interessante para as companhias. 

“Muitas acabam diminuindo o ritmo”. Dependendo  dos estudos de viabilidade técnico-econômica das empresas, isso pode significar mais desemprego no setor no Rio de Janeiro, disse Neves.

A presidenta do Ompetro, Rosinha Garotinho, também prefeita de Campos dos Goytacazes, ressaltou que os municípios produtores tem registrado queda de receita.

Isso tem levado a contenção de gastos e reprogramação dos orçamentos desde outubro do ano passado, quando o barril de petróleo caiu da cotação de US$ 115, entre junho e agosto de 2014, para US$ 70.

Em dezembro, na reunião da Ompetro, Rosinha defendeu que os municípios façam os ajustes financeiros para equilibrar suas contas.

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