Economia

Mundo instalou quase 4 "Itaipus" de energia eólica no ano passado

Capacidade instalada da fonte renovável cresceu 12% em 2016, impulsionada por melhorias tecnológicas e preços cada vez mais competitivos

 (Ssuaphoto/Thinkstock)

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Vanessa Barbosa

Vanessa Barbosa

Publicado em 27 de abril de 2017 às 12h58.

Última atualização em 27 de abril de 2017 às 12h59.

São Paulo - Impulsionada por melhorias tecnológicas e preços cada vez mais competitivos, a energia eólica continua ganhando espaço no mundo.

Só no ano passado, mais de 54 gigawatts (GW) de energia eólica foram instalados, o equivalente à capacidade de geração de quase quatro usinas hidrelétricas de Itaipu, um aumento de 12% em relação a 2015.

Nesse ritmo, a capacidade total dessa fonte deve chegar a mais de 800 GW em 2021. Os dados são do novo relatório emitido pelo Conselho de Energia Eólica (Global GWEC).

Com o incremento do ano passado, nove países já ultrapassaram o marco de 10 GW e 29 a marca de 1 GW.

Segundo o GWEC, o crescimento no setor eólico foi em grande parte impulsionado pelas economias asiáticas, principalmente China, que adicionou 23 GW a sua matriz em 2016.

Neste ano, a entidade prevê a instalação de mais 60 GW de energia eólica. Para os próximos cinco anos, a expectativa é que o mercado mundial registre um incremento anual de 75 GW, elevando a capacidade instalada acumulada para mais de 800 GW em  2021.

O relatório também prevê que a África vai ter um "grande ano em 2017", liderada pelo Quênia, África do Sul e Marrocos, enquanto o mercado australiano também ressurgirá com novos projetos.

"Nós estamos em um período de mudança disruptiva, afastando-nos de sistemas de poder centrados em grandes unidades poluentes em direção a mercados cada vez mais dominados por uma gama de fontes de energia renovável amplamente distribuídas", afirma Steve Sawyer, secretário-geral do GWEC, em comunicado à imprensa.

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