Economia

Mulheres perdem 42,5 mil vagas e homens ganham 21,6 mil em 2017

Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados mostram que a criação de empregos no ano se concentrou em profissionais homens

Caged: segundo o ministério do Trabalho, os empregos criados no país se concentraram em vagas masculinas (Dreamstime/Reprodução)

Caged: segundo o ministério do Trabalho, os empregos criados no país se concentraram em vagas masculinas (Dreamstime/Reprodução)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de janeiro de 2018 às 14h47.

Brasília - O ano de 2017 terminou com fechamento de 42,5 mil empregos ocupados por mulheres, enquanto houve abertura de 21,6 mil postos de trabalho preenchidos por homens.

O dado consta do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado na manhã desta sexta-feira, 26,pelo Ministério do Trabalho.

O coordenador-geral de Estatísticas do Ministério, Mário Magalhães, explica o dado pelo perfil da retomada do emprego. "O perfil do emprego que está crescendo está ligado mais a postos tipicamente masculinos", disse.

Entre as funções que mais criaram postos no ano passado, estão alimentador de linha de produção (90,2 mil empregos novos), faxineiro (34,3 mil) e atendente de loja e mercado (26,9 mil).

Por outro lado, entre as ocupações que mais tiveram destruição de vagas, estão pedreiro (-31,8 mil), supervisor administrativo (-26,9 mil) e gerente administrativo (-22,8 mil).

O Caged mostrou ainda que, quando separados por faixas etárias, o emprego para pessoas de até 24 anos terminou 2017 com criação de 823,9 mil empregos para os mais jovens.

Por outro lado, houve fechamento de 844,7 mil empregos que eram ocupados por trabalhadores com idade a partir de 25 anos. "Essa é uma estratégia de sobrevivência das empresas. Quando você contrata um jovem, paga salário menor", disse.

A pesquisa mostrou ainda que houve demissão em todas as faixas de escolaridade entre analfabetos e médio incompleto.

Por outro lado, houve contratação nas faixas a partir de médio completo até superior completo. Nesse caso, o técnico explica o fenômeno como fruto do grande desemprego.

"O desemprego é grande e as pessoas estão aceitando postos abaixo da sua qualificação. Isso ainda está ocorrendo e é natural diante dessa realidade (do desemprego)", disse.

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