Economia

Mujica diz que Dilma vai defender Uruguai de críticas do G20

País pediu ajuda ao Brasil após ser acusado de ser um paraíso fiscal

A presidente Dilma e José Mujica: apoio brasileiro ao Uruguai (Roberto Stuckert Filho/PR)

A presidente Dilma e José Mujica: apoio brasileiro ao Uruguai (Roberto Stuckert Filho/PR)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2014 às 09h04.

Montevidéu - A presidente Dilma Rousseff se ofereceu para protestar na próxima cúpula do Grupo dos Vinte (G20, que reúne países desenvolvidos e os emergentes mais importantes) pela inclusão do Uruguai em uma lista de paraísos fiscais, afirmou o presidente do Uruguai, José Mujica.

'Nos manifestou, não só o apoio, mas que está disposta a fazer um protesto a favor da posição do Uruguai', disse Mujica durante entrevista concedida no final de semana a um correspondente do canal de televisão uruguaio 'Teledoce' no Brasil.

Mujica, que no sábado participou de uma reunião ibero-americana sobre afrodescendentes realizada em Salvador, aproveitou a viagem para se reunir com sua colega brasileira, a quem agradeceu por 'certas posições' do Governo de Brasília 'por causa das declarações de Sarkozy'.

Na última cúpula do G20, realizada em Cannes no início do mês, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, ameaçou isolar da comunidade internacional vários países que foram observados no Fórum Global sobre Transparência e Troca de Informação em Matéria Fiscal, que é parte do G20.

Entre esses países, aos quais qualificou como 'paraísos fiscais', estão Uruguai e Panamá.

As declarações do líder francês provocaram a indignação do Governo uruguaio, que chamou convocou seu embaixador em Paris para realizar consultas em sinal de protesto.

Nesta semana, durante uma visita oficial ao México, Mujica obteve também o respaldo do presidente mexicano, Felipe Calderón, cujo país preside atualmente o G20.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaDilma RousseffDiplomaciaJosé MujicaPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos TrabalhadoresUruguai

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo