Economia

Mudanças na proposta da Previdência visam consenso, diz Meirelles

Para o ministro da Fazenda, as alterações feitas na proposta facilitam sua aprovação e são normais num regime democrático

Henrique Meirelles: de acordo com o ministro, a reforma da Previdência é necessária para impedir o colapso das contas públicas no futuro (Ruben Sprich/Reuters)

Henrique Meirelles: de acordo com o ministro, a reforma da Previdência é necessária para impedir o colapso das contas públicas no futuro (Ruben Sprich/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 6 de abril de 2017 às 19h17.

As mudanças na proposta de reforma da Previdência definidas hoje caminham na construção de um consenso, disse hoje (6) o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.

Em nota oficial, ele negou que a proposta tenha sido desfigurada e considerou as alterações um avanço que permite manter o ajuste fiscal e preservar os direitos dos trabalhadores de menor renda.

"As mudanças mantêm os principais objetivos da proposta enviada ao Congresso porque preservam o ajuste fiscal e beneficiam os mais pobres", destacou o texto.

Segundo o ministro, as alterações facilitam a aprovação da proposta e são normais num regime democrático.

"O Congresso tem a palavra final quando vota uma proposta de emenda constitucional. A democracia pressupõe diálogo, troca de ideias para chegar a um consenso. Hoje, o governo avançou na construção de um consenso visando à aprovação da reforma da Previdência", destacou o ministro no comunicado.

De acordo com Meirelles, a reforma da Previdência é necessária para impedir o colapso das contas públicas no futuro.

"A reforma da Previdência é necessária para garantir que todos os aposentados receberão seus benefícios no futuro. É uma necessidade, não é questão de posição política", ressaltou.

Depois de uma reunião hoje pela manhã no Palácio do Planalto, o deputado Arthur Maia (PPS-BA), relator da proposta de reforma da Previdência na Câmara, informou que recebeu o aval do presidente Michel Temer para negociar cinco pontos do texto: o Benefício de Prestação Continuada (BPC), a aposentadoria rural, as aposentadorias especiais para professores e policiais, o acúmulo de pensão e de aposentadoria e as regras de transição.

Mais tarde, o presidente Michel Temer negou que o governo tenha recuado em relação à reforma da Previdência.

Segundo o presidente, o governo está trabalhando em conjunto com o Congresso Nacional, o que não pode ser considerado recuo.

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