Economia

Mudança no FGTS pode deixar investimentos públicos mais caros, diz presidente da Caixa

Serrano disse que é preciso considerar que o perfil da força de trabalho no país mudou, com mais informalidade, e que isso por si só pressiona o crescimento do FGTS

Rita Serrano: a Caixa não toma decisões sobre o FGTS, mas é agente operador (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Rita Serrano: a Caixa não toma decisões sobre o FGTS, mas é agente operador (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Estadão Conteúdo
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 12 de maio de 2023 às 15h54.

Última atualização em 12 de maio de 2023 às 16h41.

A presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Rita Serrano, disse nesta sexta-feira, 12, que mudanças na remuneração do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) poderiam reduzir os investimentos públicos feitos através dos recursos do fundo. A Caixa não toma decisões sobre o FGTS, mas é agente operador.

"Qualquer mudança na remuneração do FGTS pode ter um impacto em investimentos públicos", afirmou Rita, em coletiva de imprensa para comentar os resultados do banco no primeiro trimestre, divulgados na quinta-feira, 11.

Ela acrescentou que esses investimentos podem ficar mais caros.

Mudança na regra de remuneração dos recursos do fundo

O Supremo Tribunal Federal (STF) julga uma mudança na regra de remuneração dos recursos do fundo, que aumentaria a rentabilidade aos trabalhadores — e consequentemente, seria mais cara para o governo.

Serrano disse que é preciso considerar que o perfil da força de trabalho no país mudou, com mais informalidade, e que isso por si só pressiona o crescimento do FGTS, que recebe contribuições sobre vagas com carteira assinada.

Ela destacou ainda questões com a distribuição dos resultados aos cotistas como fatores de pressão.

Acompanhe tudo sobre:FGTSCaixa

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo