Economia

Mudança na Previdência está "na expectativa", diz Meirelles

Ele reafirmou que projeto mantém "parte relevante" das medidas e repetiu o cálculo de que a nova versão preserva 75% dos ganhos fiscais do projeto original

Henrique Meirelles em evento em São Paulo (João Pedro Caleiro/Site Exame)

Henrique Meirelles em evento em São Paulo (João Pedro Caleiro/Site Exame)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 4 de maio de 2017 às 16h17.

Última atualização em 4 de maio de 2017 às 16h23.

São Paulo - O ministro da Fazenda Henrique Meirelles afirmou hoje que as mudanças no projeto de reforma da Previdência eram esperadas.

Ele disse também que as alterações estão dentro das expectativas do governo e dentro de um padrão internacional.

"A negociação com o Parlamento em qualquer país do mundo é uma necessidade democrática e em uma reforma como a Previdenciária é uma negociação intensa", disse o ministro.

As declarações foram dadas na tarde desta quinta-feira (04) em São Paulo durante um seminário sobre infraestrutura no Brasil e na América Latina realizado pelo Ministério da Fazenda com o Banco Mundial.

Ele reafirmou que projeto mantém a "parte relevante" das medidas e repetiu o cálculo de que a nova versão do texto preserva cerca de 75% dos ganhos fiscais do projeto original.

O ministro havia dito ontem que o impacto das novas concessões estava sendo calculado.

A Comissão Especial da reforma da Previdência, que analisa a proposta de reforma, aprovou na noite desta quarta-feira, 03, o parecer do relator Arthur Oliveira Maia (PPS-BA).

O novo texto, diferente daquele enviado inicialmente pelo governo, foi aprovado por 23 votos favoráveis e 14 contrários.

"A nossa expectativa é que uma vez aprovado o relatório na comissão, as alterações posteriores não serão substanciais", disse o ministro, alertando que "o projeto como está não pode ser fundamentalmente alterado daqui pra frente".

Ele também disse não crer que a queda das expectativas de inflação sejam insustentáveis e fruto apenas da recessão:

"No momento em que o Brasil estava no pior momento da crise, a inflação estava em mais de 10% e os juros em 14% (...) existia uma desorganização completa na economia", disse.

O ministro repetiu sua previsão de que a economia brasileira tenha crescido algo entre 0,7% e 0,8% no primeiro trimestre do ano, saindo da recessão. O número será divulgado no dia 01 de junho.

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