Economia

Mudança na desoneração piora a competitividade, diz CNI

Em nota, a entidade afirma que recebeu com "extrema preocupação" a alteração na folha de pagamento


	Documentos: a CNI afirma reconhecer a importância do ajuste fiscal, mas aponta que a revisão das alíquotas da desoneração é um retrocesso
 (Stock.xchng / Karol Wiszniewski)

Documentos: a CNI afirma reconhecer a importância do ajuste fiscal, mas aponta que a revisão das alíquotas da desoneração é um retrocesso (Stock.xchng / Karol Wiszniewski)

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Da Redação

Publicado em 27 de fevereiro de 2015 às 14h59.

Brasília - A mudança no sistema de desoneração da folha de pagamento agrava as dificuldades da indústria, avalia a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em nota, a entidade afirma que recebeu com "extrema preocupação" essa alteração.

"Para um setor que vem perdendo a competitividade é mais uma medida de impacto expressivo sobre sua capacidade de enfrentar os desafios da competitividade global", argumenta a confederação.

A CNI afirma reconhecer a importância do ajuste fiscal, mas aponta que a revisão das alíquotas da desoneração é um retrocesso para a competitividade de muitos setores, em um cenário de forte concorrência internacional.

"Tal medida gerará forte impacto para a indústria e para a economia nacional, com consequências inclusive para a manutenção de empregos", aponta a entidade.

A confederação avalia, ainda, que os problemas que afetam a competitividade da indústria têm se agravado ao longo dos anos, o que reflete na perda de participação industrial no Produto Interno Bruto (PIB).

A CNI alerta que custo unitário do trabalho no Brasil "cresceu nos últimos dez anos de forma expressiva, acima de países com quem concorremos diretamente".

A esse custo, adverte a entidade, "acrescenta-se o peso elevado dos encargos que superam o dos nossos competidores".

Para a CNI, o ajuste fiscal é necessário, mas precisa vir acompanhado de uma agenda que promova a competitividade e melhore o ambiente de negócios.

O governo publicou a Medida Provisória 669 no Diário Oficial da União desta sexta-feira, 27, estabelecendo que, a partir de junho, as empresas que recolhem 2% do faturamento para a Previdência passem a arcar com 4,5%. Já aquelas que pagam 1% terão de recolher 2,5%.

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