Economia

MP aprova aumento de 16% no salário de procuradores

Atendendo a uma forte reivindicação da categoria, o impacto do aumento salarial para os cofres públicos será de R$ 116 milhões

Rodrigo Janot: o procurador classificou a medida como uma "decisão política" (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Rodrigo Janot: o procurador classificou a medida como uma "decisão política" (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 25 de julho de 2017 às 16h25.

Ao votar o orçamento para o ano que vem, o Conselho Superior do Ministério Público Federal (CSMPF) decidiu aprovar um reajuste de 16,7% nos salários dos procuradores da República, atendendo a uma forte reivindicação da categoria.

O impacto será de R$ 116 milhões.

Apenas três dos 11 conselheiros foram contra. O atual procurador-geral da República, Rodrigo Janot, votou a favor do aumento, apesar de classificar a medida como uma "decisão política" encampada pela futura procuradora-geral da República, Raquel Dodge, que assume o cargo em setembro.

Com o aumento, é possível que os salários dos procuradores ultrapassem o teto constitucional, uma vez que o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu não propor, até o momento, um reajuste nos vencimentos de seus ministros.

Neste caso, a decisão do conselho poderá ser considerada inconstitucional.

Os vencimentos dos ministros do STF são hoje de R$ 33,7 mil, que é o maior salário permitido a servidores públicos.

Não ficou definida a fonte dos R$ 116 milhões necessários para aumentar os salários do procuradores.

Janot e Dodge se comprometeram a montar um grupo de transição entre suas administrações, que ficará responsável por apontar onde serão feitos os cortes para permitir o aumento.

No total, foi aprovado um orçamento de R$ 3,8 bilhões para todo o Ministério Público Federal (MPF). A proposta será encaminhada ao Ministério do Planejamento, que verificará sua conformidade legal.

Em seguida será enviada ao Congresso Nacional, que precisa aprová-la.

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