Mourão: Vice-presidente afirmou que mudanças na proposta da Previdência estão a cargo do Congresso no momento (José Cruz/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 1 de março de 2019 às 18h25.
Brasília - O vice-presidente Hamilton Mourão minimizou nesta sexta-feira, 1, a sinalização do presidente Jair Bolsonaro de que pode ceder em alguns pontos da reforma da Previdência, como a redução da idade mínima de aposentadoria para mulheres. De acordo com Mourão, Bolsonaro foi "mal interpretado".
"O presidente mostrou que tem coisas que o Congresso poderá negociar ou mudar. Só isso. Não que ele concorde", disse. Mais cedo, o líder do governo na Câmara, major Vitor Hugo (PSL-GO), também disse que a fala do presidente de quinta-feira apenas sinalizou "a disposição do governo de negociar".
Mourão também disse que a reforma da Previdência agora é do Congresso, que vai analisar a proposta feita pelo governo e vai fazer as mudanças que julgar necessárias. "O governo não tem que concordar. A partir de agora está na mão do Congresso, que é o local para discutir o assunto porque ali estão os representantes de todos os segmentos da população", disse.
Mourão também reiterou a informação dada nesta manhã pelo chanceler Ernesto Araújo de que o Brasil não tem procurado representantes do regime de Nicolas Maduro para estabelecer qualquer tipo de diálogo com o governo da Venezuela.
Na quinta, Bolsonaro admitiu que poderia conversar com Maduro. Segundo Mourão, o presidente respondeu a uma "pergunta hipotética". Porém, sobre um possível diálogo, Mourão disse que "alguém tem que conversar". "O Donald Trump não foi conversar com o Kim Jong-un?", disse em alusão ao recente encontro entre o presidente dos Estados Unidos e o líder da Coreia do Norte.