Economia

Motorista do interior de SP viaja e evita combustível caro

Nos postos da cidade de Porto Feliz, em Sorocaba, o combustível tem o maior preço médio da região e custa até R$ 0,40 mais que em outros municípios


	Combustível: em Porto Feliz, o litro da gasolina comum chega a R$ 3,18, o mais caro da região
 (Getty Images)

Combustível: em Porto Feliz, o litro da gasolina comum chega a R$ 3,18, o mais caro da região (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de janeiro de 2015 às 14h44.

Sorocaba - Moradores de Porto Feliz (SP), na região de Sorocaba, estão viajando a cidades vizinhas para abastecer seus carros.

Nos postos da cidade, o combustível tem o maior preço médio da região e custa até R$ 0,40 mais que em outros municípios.

O funcionário público Cássio Melaré vai uma vez por semana a Sorocaba, distante 34 quilômetros, para encher o tanque de etanol.

"Aqui (em Porto Feliz) o litro custa R$ 2,14, enquanto lá abasteço num posto da entrada da cidade a R$ 1,74."

Com a economia de R$ 20 para encher o tanque de 50 litros, ele paga o combustível gasto na viagem, em torno de R$ 11,00, e ainda sobra dinheiro.

"Geralmente aproveito para resolver assuntos de trabalho por lá", disse.

O representante comercial Paulo Henrique Sonego prefere abastecer em Itu, a 25 quilômetros, onde encontra etanol a R$ 1,75.

Segundo ele, os postos de Itu ainda não reajustaram os preços dos combustíveis, como já ocorreu em muitas cidades no início deste ano.

Em Porto Feliz, o litro da gasolina comum chega a R$ 3,18, o mais caro da região - em Sorocaba e Itu, o preço varia entre R$ 2,65 e R$ 2,89.

O preço também está acima da média da região nas cidades de Tatuí, Mairinque e São Roque.

O etanol varia de R$ 1,99 a R$ 2,09 e a gasolina entre R$ 3,00 e R$ 3,19 nos postos dessas cidades.

De acordo com o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo (Sincopetro), regional de Sorocaba, os preços dos combustíveis não são controlados e os revendedores seguem as lógicas do mercado, como a concorrência e os custos locais.

Nas cidades de menor porte, os postos vendem menos combustível e não têm ganho de escala, como nos centros maiores, por isso há diferença de preço de uma cidade para outra, segundo o sindicato.

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