Economia

Morre empresário que representou Brasil em negociação que estabeleceu Mercosul

Carlos Mariani faleceu aos 87 anos no Rio

Carlos Mariani Bittencourt, líder da indústria petroquímica brasileira, falece aos 87 anos (Reprodução/CNI)

Carlos Mariani Bittencourt, líder da indústria petroquímica brasileira, falece aos 87 anos (Reprodução/CNI)

Agência o Globo
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Publicado em 10 de fevereiro de 2025 às 21h10.

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Um dos estrategistas do desenvolvimento da indústria brasileira, em particular a petroquímica e a fluminense, e um dos mais influentes líderes empresariais do país, Carlos Mariani Bittencourt morreu aos 87 anos nesta segunda-feira, 10, no Rio.

Engenheiro mecânico e engenheiro econômico e administrador industrial formado pela Escola Nacional de Engenharia da Universidade do Brasil, atual Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em 1959 e 1960, respectivamente, Carlos Mariani representou a indústria brasileira em uma série de negociações internacionais, incluindo o Tratado de Assunção, que estabeleceu o Mercosul.

Mariani foi ainda um dos fundadores do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri) e ex-presidente do conselho do lado brasileiro do Grupo de Notáveis para uma Parceria Econômica Estratégica entre o Brasil e o Japão (Wise Group).

Contribuições à indústria e à Firjan

Também esteve à frente da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), onde foi seu líder mais longevo — entre 1987 e 1991, e de 1993 a 2007.

Nascido na Bahia em 22 de novembro de 1937, Carlos Mariani foi 1º vice-presidente da Firjan durante cinco mandatos e 1º vice-presidente da Firjan CIRJ. Ele também foi presidente do Conselho Empresarial de Economia da Firjan de 1995 a 2014. Por sua contribuição, foi laureado em 2005 com a Ordem do Mérito Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), e, em 2008, com a Medalha do Mérito Industrial da Firjan.

Repercussão e homenagens

O presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano, lamentou a morte de Mariani, ressaltando que seu legado continuará a inspirar as futuras gerações de líderes industriais.

“Carlos Mariani foi um líder visionário que deixou uma marca indelével na indústria nacional. Como vice-presidente da Firjan por muitos anos, ele foi incansável em sua dedicação ao desenvolvimento econômico e industrial do nosso país", disse.

Para o presidente do Conselho Superior da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, Mariani era "uma figura ímpar, cuja discrição foi sua maior marca, mas não maior do que sua dignidade e capacidade que tanto nos serviu e inspirou".

Amigos por mais de meio século, Gouvea Vieira disse: "A Firjan está de luto".

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