Economia

Moody's mantém rating do Brasil em "Ba2" e perspectiva estável

Decisão da Moody's ocorre em meio à deterioração das expectativas para a economia, para a política fiscal e do cenário político

Rio de Janeiro: Brasil está em "território especulativo" desde 2015 (Diego Grandi/Getty Images)

Rio de Janeiro: Brasil está em "território especulativo" desde 2015 (Diego Grandi/Getty Images)

R

Reuters

Publicado em 15 de maio de 2020 às 18h07.

Última atualização em 15 de maio de 2020 às 18h08.

A agência de classificação de risco Moody's manteve nesta sexta-feira a nota de crédito soberano do Brasil em "Ba2" e também a perspectiva "estável" para o rating.

Por essa classificação, o Brasil está dois graus aquém do piso de "Baa3" a partir do qual, para a agência, um país é considerado grau de investimento.

A decisão da Moody's ocorre em meio à deterioração das expectativas para a economia, para a política fiscal e do cenário político, conforme a crise de saúde decorrente do coronavírus se agrava.

No começo do mês, a Fitch revisou de "estável" para "negativa" a perspectiva para a nota de crédito soberano do Brasil --que manteve em "BB-", três níveis abaixo do mínimo para grau de investimento ("BBB-"), na escala da agência-- citando justamente esses fatores.

Em abril, a S&P também rebaixou de "estável" para "negativa" a perspectiva para o rating brasileiro, que está em "BB-" --também três degraus abaixo do mínimo para grau de investimento.

As três agências cortaram o Brasil para território especulativo entre setembro de 2015 e fevereiro de 2016, no meio de um processo de forte aumento de dívida e de intensa deterioração nos ativos locais.

Acompanhe tudo sobre:Agências de ratingeconomia-brasileiraMoody's

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo