Moody's: percentual de companhias brasileiras avaliadas pela Moody's com risco elevado de liquidez subiu para 32 por cento (Reprodução)
Da Redação
Publicado em 13 de maio de 2015 às 12h16.
São Paulo - O risco à liquidez das empresas brasileiras não financeiras aumentou desde o ano passado, embora os recursos de financiamento devam continuar adequados até meados de 2016, afirmou a agência de classificação de risco Moody's .
Em relatório desta quarta-feira, que avalia 47 companhias brasileiras não financeiras, a Moody's citou deterioração macroeconômica, preços mais baixos de commodities e acesso mais restrito a mercados de capitais como fatores que têm pesado sobre resultados de muitas delas.
"O ambiente macroeconômico brasileiro erodiu severamente desde 2014, com a aceleração da inflação e a taxa de emprego parecendo mais frágil", disse o analista Erick Rodrigues, da Moody's.
"Junto com a acentuada queda na confiança dos consumidores e investidores, estas questões levantam dúvidas sobre as perspectivas de crescimento do país no médio prazo, com companhias expostas à economia doméstica e preços de commodities na lista das mais vulneráveis", acrescentou.
O percentual de companhias brasileiras avaliadas pela Moody's com risco elevado de liquidez subiu para 32 por cento, ante 19 por cento entre 2013 e 2014, afirmou Rodrigues.
Os setores de petróleo e gás, proteína e agricultura representam juntos pouco mais de metade da dívida que vence até meados de 2017, com a Petrobras representando cerca de um terço da dívida corporativa que vence até lá e as empresas de alimentos BRF, JBS e Marfrig responsáveis pela maior parte da dívida a vencer do setor de proteínas e agricultura, segundo a Moody's.