Carro da montadora chinesa JAC Motors: executivos do setor na China esperam que o mercado de veículos no país cresça no ritmo de um dígito este ano (Fernando Moraes/Veja SP)
Da Redação
Publicado em 4 de janeiro de 2013 às 10h09.
Pequim/Xangai - Montadoras de veículos na China estão se preparando para outro ano de crescimento de um dígito em 2013, pressionado por fraca demanda por carros japoneses em meio à disputa diplomática entre os dois vizinhos regionais e medidas do governo para restringir o tráfego em grandes cidades.
Executivos de montadoras locais e estrangeiras na China preveem que o mercado geral de veículos vai crescer de 5 a 10 por cento este ano, praticamente em linha com o desempenho de 2012, quando a demanda foi atingida pela desaceleração da economia e aumento dos custos com combustível.
Montadoras japonesas provavelmente vão continuar a enfrentar problemas em 2013 depois que viram suas vendas na China caírem em cerca de 50 por cento em 2012 após protestos e boicotes contra produtos japoneses terem eclodido em meados de setembro por causa da disputa territorial entre os países.
"As marcas japonesas têm sido afetadas pela turbulência no relacionamento entre Japão e China. É muito difícil para uma companhia ver como isso vai prejudicar as perspectivas de longo prazo das companhias japonesas", disse o presidente-executivo da Nissan Motor, Carlos Ghosn, a jornalistas em Tóquio.
Executivos do setor na China esperam que o mercado de veículos no país cresça no ritmo de um dígito este ano, segundo recente pesquisa conduzida pelo portal da indústria, gasgoo.com. Outros esperam que o mercado crescerá cerca de 10 por cento.
Em 2012 até novembro, as vendas de veículos na China subiram 4 por cento ante o mesmo período do ano anterior. Como dezembro tradicionalmente é um mês de vendas fortes, analistas estimam que o crescimento de todo o ano seja de cerca de 5 a 6 por cento.
O mercado chinês cresceu 46 por cento em 2009 e 32 por cento em 2010, graças principalmente a medidas de incentivo do governo que expiraram no final de 2010. Em 2011, o crescimento caiu para apenas 2,5 por cento.