Economia

Monitor do PIB da FGV aponta queda de 0,24% no 2º trimestre

O indicador antecipa a tendência do principal índice da economia a partir das mesmas fontes de dados e metodologia empregadas pelo IBGE

Indústria: teve desempenho negativo, com queda de 1,8% (Germano Luders/Site Exame)

Indústria: teve desempenho negativo, com queda de 1,8% (Germano Luders/Site Exame)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de agosto de 2017 às 09h23.

Rio - O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro recuou 0,24% no segundo trimestre ante o primeiro trimestre do ano, estima o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), por meio do Monitor do PIB, divulgado nesta segunda-feira, 21. O indicador antecipa a tendência do principal índice da economia a partir das mesmas fontes de dados e metodologia empregadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo cálculo oficial das Contas Nacionais. "Esta taxa interrompe a trajetória de recuperação observada no primeiro trimestre", ressaltou Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB/FGV, em nota oficial.

Na comparação com o segundo trimestre do ano anterior, o PIB do segundo trimestre teve retração de 0,3%. O destaque foi o desempenho negativo do total da indústria, com queda de 1,8%, influenciado, principalmente, pela retração de 7,4% da atividade de construção.

O consumo das famílias cresceu 0,6% no segundo trimestre, na comparação com o mesmo trimestre em 2016, a primeira variação positiva após nove trimestres negativos consecutivos. O consumo de serviços manteve resultados negativos (-1,0%), enquanto o consumo de bens não duráveis cresceu 0,5%, o de semiduráveis subiu 7,3%, e o consumo de bens duráveis registrou crescimento de 3,8%.

A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, medida dos investimentos no PIB) teve retração de 5,1% no segundo trimestre em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. O desempenho do componente de máquinas e equipamentos continua positivo (0,4%), mas contribuiu com apenas 0,1 ponto porcentual para o indicador de investimentos. Já o componente de construção teve forte queda de 9,0%, com impacto de -4,6 pontos porcentuais para a taxa trimestral da FBCF.

As exportações cresceram 3,2% no segundo trimestre em comparação ao mesmo período de 2016, puxada pelos produtos da extrativa mineral (19,1%) e bens de consumo duráveis (35,9%). As importações diminuíram 1,8% no segundo trimestre, com avanços em bens de consumo não duráveis (12,4%), bens de consumo semiduráveis (60,2%), bens intermediários (12,5%) e serviços (0,3%), mas uma retração acentuada em bens de capital (-43,1%).

O PIB apresentou crescimento de 2,65% em junho ante maio, após ter recuado 5,79% no mês anterior. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, a atividade econômica encolheu 1,2% em junho, depois dos resultados positivos registrados nos meses de março e abril.

Em termos monetários, o PIB acumulado em 2017 até o primeiro semestre alcançou cerca de R$ 3,21 trilhões em valores correntes.

Acompanhe tudo sobre:economia-brasileiraFGV - Fundação Getúlio VargasIndicadores econômicosPIB do Brasil

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor