Economia

Monitor do PIB aponta alta de 1,1% em novembro ante outubro de 2020, diz FGV

Na comparação com novembro de 2019, a economia teve redução de 0,6% em novembro de 2020

FGV: O Monitor do PIB antecipa a tendência do principal índice da economia a partir das mesmas fontes de dados e metodologia empregadas pelo IBGE (Cris Faga/Getty Images)

FGV: O Monitor do PIB antecipa a tendência do principal índice da economia a partir das mesmas fontes de dados e metodologia empregadas pelo IBGE (Cris Faga/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de janeiro de 2021 às 12h26.

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro avançou 1,1% em novembro ante outubro de 2020, segundo o Monitor do PIB, apurado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Na comparação com novembro de 2019, a economia teve redução de 0,6% em novembro de 2020.

"O crescimento da economia de 1,1% em novembro em relação a outubro reflete o crescimento registrado nas três grandes atividades econômicas (agropecuária, indústria e serviços). Pela ótica da demanda, o consumo das famílias apresentou queda no mês muito influenciado pelo fraco desempenho do consumo de serviços ainda impactado pelo isolamento social. Em contrapartida, a formação bruta de capital fixo ajudou a compensar essa queda crescendo 1,2%, mostrando recuperação dos investimentos. Embora ainda esteja em patamar muito abaixo do nível pré-pandemia, a economia dá sinais de retomada, ainda que lenta, no que parece ser a volta a seu antigo normal de crescimento fraco e instável" avaliou Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB-FGV, em nota oficial.

O Monitor do PIB antecipa a tendência do principal índice da economia a partir das mesmas fontes de dados e metodologia empregadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo cálculo oficial das Contas Nacionais.

Na passagem de outubro para novembro, pelo lado da oferta, a agropecuária subiu 1,4%, a indústria avançou 0,7%, e os serviços cresceram 0,9%.

Sob a ótima da demanda, o consumo das famílias caiu 1,2%, e o consumo do governo cresceu 0,7%. A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, medida dos investimentos no PIB) avançou 1,2%. As exportações recuaram 0,3%, enquanto as importações saltaram 17 2%.

Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a agropecuária avançou 2,4% em novembro de 2020, a indústria subiu 1,3%, e os serviços tiveram uma queda de 1,5%.

Sob a ótica da demanda, o consumo do governo caiu 4,5% em novembro de 2020 ante novembro do ano anterior.

O consumo das famílias recuou 3,0%, sendo que o consumo de serviços caiu 5,9% no período, e o de bens semiduráveis recuou 0 8%. O consumo de bens não duráveis diminuiu 1,9%, enquanto o de bens duráveis subiu 8,9%.

A Formação Bruta de Capital Fixo avançou 3,9% em novembro de 2020 ante novembro de 2019, com alta de 11,1% no componente máquinas e equipamentos e elevação de 0,4% na construção. O componente chamado de outros ativos recuou 4,1%. As exportações recuaram 2,9%, e as importações subiram 3,9%.

Em termos monetários, o PIB alcançou aproximadamente R$ 6,766 trilhões de janeiro a novembro, em valores correntes. A taxa de investimento em novembro de 2020 foi de 16,8% na série a valores correntes.

Acompanhe tudo sobre:economia-brasileiraFGV - Fundação Getúlio VargasPIBPIB do Brasil

Mais de Economia

Boletim Focus: mercado eleva estimativa de inflação para 2024 e 2025

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega