Economia

Missão do BC é garantir poder de compra, diz diretor

Sobre o exterior, o diretor de Política Econômica do BC afirmou que houve certo abrandamento da inclinação da curva de juros em importantes economias maduras


	Carlos Hamilton Araújo: para diretor do BC, há um "certo arrefecimento" no avanço da taxa de consumo do governo no primeiro semestre deste ano (Marcello Casal Jr/ABr)

Carlos Hamilton Araújo: para diretor do BC, há um "certo arrefecimento" no avanço da taxa de consumo do governo no primeiro semestre deste ano (Marcello Casal Jr/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de novembro de 2013 às 15h53.

Fortaleza - O diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton de Araújo, afirmou nesta quarta-feira, 06, durante apresentação do Boletim Regional, que a missão da instituição é assegurar a estabilidade do poder de compra da moeda e um sistema financeiro sólido e eficiente.

Apresentou dados que mostram que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) foi menor nos anos em que a inflação foi alta, com impactos negativos sobre outros indicadores, como o emprego.

Segundo Hamilton, o câmbio e choques nos preços de alimentos registrados até o segundo semestre deste ano ajudam a explicar porque a inflação (IPCA) está, nos 12 meses encerrados em setembro, acima do nível de setembro de 2012.

Disse ainda que alguns indicadores de preços começaram a mostrar recuo nessa mesma comparação no mês de setembro, o que não era visto em meses anteriores. Esse é o caso do IPC-C1 (inflação da baixa renda), do IGP-DI e do IPC-DI.

Ele lembrou que desde o último Boletim Regional, "houve continuidade do ciclo de ajustes das condições monetárias" e os riscos para a estabilidade financeira global permaneceram elevados.

Em relação ao exterior, Hamilton afirmou que houve certo abrandamento da inclinação da curva de juros em importantes economias maduras. Sobre o Brasil, destacou que, desde a divulgação do último boletim, verificou-se pressão de preços industriais e agrícolas no atacado.

Ao apresentar as perspectivas para o período 2013-2015, afirmou que deve-se observar ritmo de atividade no Brasil mais intenso neste e no próximo ano, com mudança da composição da demanda agregada, por conta da expectativa de aumento dos investimentos, que tendem a ganhar impulso.

Hamilton disse que o déficit externo do país deve ser financiado "essencialmente" com Investimentos Estrangeiros Diretos (IED).

Segundo o diretor do BC, há um "certo arrefecimento" no avanço da taxa de consumo do governo no primeiro semestre deste ano.

Segundo ele, baseado em dados das contas nacionais, o consumo do governo cresceu 2,2% nos últimos quatro trimestres acumulados até junho deste ano, ante período imediatamente anterior. Em 2012, a variação anual foi de 3,2%.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralConsumoMercado financeiroPolítica monetária

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto