Economia

Ministro pede contenção da queda no preço do milho

Wagner Rossi diz que é preciso encontrar novos canais de exportação para evitar mais desvalorizações

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.

Brasília - O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, defende que é preciso encontrar novos canais de exportação para o milho brasileiro para reverter a baixa no preço nas regiões produtoras. Em Mato Grosso, segundo maior produtor nacional do grão, atrás apenas do Paraná, a cotação da saca de 60 quilos do produto em alguns municípios está abaixo de R$ 9, enquanto o preço mínimo definido pelo governo para o estado é de R$ 13,98.

Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção nacional de milho nesta safra deve chegar a 54 milhões de toneladas. O consumo é de aproximadamente 46 milhões de toneladas e a previsão de exportação é de 8,5 milhões de toneladas. Como os estoques estão acima de 10 milhões de toneladas, a pressão sobre o preço é alta.

"Terei uma reunião específica para tratar da questão do milho. Temos que encontrar novos canais de exportação, um desaguadouro para a produção", afirmou Rossi. De acordo com ele, com a proximidade do fim da safra, aumenta a necessidade de comercializar tanto para obter recursos para o próximo plantio quanto para enfrentar o problema da falta de armazéns, questão crítica do país, que tem uma das maiores produções de grãos do mundo.

Na semana passada, os ministérios da Agricultura e da Fazenda chegaram a um acordo, depois de mais de dois meses de discussões, para a publicação, nos próximos dias, de uma portaria de apoio à comercialização de milho, arroz e feijão. Mesmo assim, Rossi ressaltou a necessidade de estimular a exportação dos excedentes de milho, para que os produtores não tenham a renda ainda mais prejudicada.

Acompanhe tudo sobre:AgronegócioAlimentosComércioComércio exteriorPreçosTrigo

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo