Economia

Ministro italiano diz que tarifas dos EUA visam conter "prepotência" alemã

O líder da Liga Norte avaliou que o presidente americano defende os interesses dos seus cidadãos as tarifas às importações de Canadá, México e UE

Matteo Salvini: "Penso que as políticas do presidente Donald Trump são, sobretudo, para conter a prepotência alemã. A Itália não deve sofrer com nenhuma dessas manobras" (Tony Gentile/Reuters)

Matteo Salvini: "Penso que as políticas do presidente Donald Trump são, sobretudo, para conter a prepotência alemã. A Itália não deve sofrer com nenhuma dessas manobras" (Tony Gentile/Reuters)

E

EFE

Publicado em 7 de junho de 2018 às 20h07.

Roma - O vice-primeiro-ministro e ministro do Interior da Itália, Matteo Salvini, afirmou nesta quinta-feira que a imposição de tarifas por parte dos Estados Unidos às importações de alumínio e aço europeu respondem à necessidade americana de "conter a prepotência" da Alemanha.

"As políticas comerciais devem voltar a ser analisadas. A Itália é uma potência que exporte e protege sua marca. Penso que as políticas do presidente Donald Trump são, sobretudo, para conter a prepotência alemã. A Itália não deve sofrer com nenhuma dessas manobras", disse Salvini aos jornalistas.

O líder da Liga Norte avaliou que o presidente americano defende os interesses dos seus cidadãos as tarifas às importações de Canadá, México e União Europeia, medidas muito criticadas internacionalmente e tachadas como protecionistas por vários países.

Salvini afirmou que o novo governo da Itália, formado pela Liga Norte e pelo Movimento Cinco Estrelas (M5S), também irá à União Europeia para defender os interesses das empresas do país.

Sobre às sanções da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) contra a Rússia pelas ações na Ucrânia, Salvini afirmou que as medidas "não resolvem nada" e que a solução para acalmar as tensões com o Kremlin deve ser um "diálogo amistoso".

O vice-primeiro-ministro disse que não questiona a Otan, mas ressaltou não acreditar em agressões da Rússia contra a Itália ou contra a União Europeia.

"Não precisamos de pressão sobre o Kremlin", defendeu.

Acompanhe tudo sobre:acoAlemanhaEstados Unidos (EUA)ItáliaTarifas

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto