Economia

Ministro grego causa polêmica com ensaio para revista

O polêmico Yanus Varoufakis virou meme no Twitter com suas fotos para uma revista de estilo francesa

O ministro das Finanças da Grécia, Yanis Varoufakis: "à partir de hoje, começamos a ser coautores de nosso próprio destino" (Yves Herman/Reuters)

O ministro das Finanças da Grécia, Yanis Varoufakis: "à partir de hoje, começamos a ser coautores de nosso próprio destino" (Yves Herman/Reuters)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 13 de março de 2015 às 17h26.

São Paulo - Yanis Varoufakis, ministro de Finanças da Grécia, é um personagem peculiar e que não foge de uma polêmica. 

Desde que o partido de esquerda Syriza chegou ao poder no final de janeiro com uma plataforma de rejeição da austeridade, ele está engajado em complexas negociações para conseguir melhores termos nos pacotes que mantém o país solvente desde a crise.

O que Yanis provavelmente não esperava era que seria alvo de críticas por causa de um ensaio publicado na revista de estilo francesa Paris Match.

As fotos mostram o ministro com sua segunda esposa, a artista plástica Danae Stratou, lendo, comendo e até tocando piano na casa do casal em Atenas, próxima da Acrópole. Há também fotos da infância dos dois, que se conheceram ainda com 5 anos.

A dissonância entre o conforto e a alegria do casal Varoufakis e a crise econômica e humanitária vivida pelo país incomodou muitos gregos e as piadas se multiplicaram no Twitter.

Com uso de Photoshop, um usuário colocou o casal no meio de protestos de rua. Outro fez com que Yanis virasse Nero, o Imperador que deixou Roma queimar, com sua mulher Claudia Octavia.

Houve quem defendesse o ensaio, lembrando que a cena não é tão descolada assim da realidade da classe média grega, e que os aluguéis na verdade são mais baratos na região central.

A conta de Yanis na rede social não registra nenhum comentário sobre o tema. Ele tem mais com o que se preocupar, como tirar do papel as reformas estruturais para melhorar os fundamentos da sua economia (e outras medidas mais duvidosas, como colocar turistas para servir de espiões).

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