Bijan Zanganeh, sobre cortes no petróleo: "nós estamos em discussões com os membros da Opep para nos prepararmos para uma nova decisão" (Majid Saeedi/Getty Images/Getty Images)
Reuters
Publicado em 21 de junho de 2017 às 10h15.
Última atualização em 21 de junho de 2017 às 16h25.
Beirute - O ministro de Petróleo do Irã, Bijan Zanganeh, disse nesta quarta-feira que os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) tem avaliado aprofundar os cortes na produção, mas devem esperar até que o efeito do atual nível de redução na oferta fique claro.
A Opep e outros produtores fecharam acordo em 25 de maio para prolongar cortes de produção já em vigor até 2018, mas o petróleo caiu fortemente desde então devido a uma maior produção nos EUA e na Nigéria e na Líbia, dois membros do cartel atualmente isentos dos cortes.
"Nós estamos em discussões com os membros da Opep para nos prepararmos para uma nova decisão", disse Zanganeh após uma reunião ministerial, segundo o site da empresa de mídia iraniana IRIB.
"Mas tomar decisões nessa organização é muito difícil porque qualquer decisão significará cortes de produção para os membros", disse.
As discussões foram iniciadas devido ao crescimento nos níveis de produção dos EUA, que não havia sido previsto pelos membros da Opep, segundo Zanganeh.
O comentário é a primeira indicação de um ministro da Opep sobre possíveis ações adicionais do grupo, embora delegados da Opep tenham minimizado a ideia de um novo corte, citando a dificuldade de conseguir que os produtores isentos limitem sua produção.
Nigéria e a Líbia estão de fora dos cortes de produção devido a perdas causadas por conflitos nos países, enquanto o Irã teve autorização para aumentar levemente sua oferta com o objetivo de recuperar participação de mercado perdida devido a sanções ocidentais.
"Eu acho que não, a menos que o Irã aceite ser incluído no corte", disse uma fonte próxima à Opep, ao ser questionada sobre a possibilidade de uma nova redução na oferta avançar.
Três outros delegados da Opep que falaram com a Reuters descartaram idéia de um novo corte.