Osmar Terra: ministro é contrário à ampliação do Bolsa Família (Antônio Cruz/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 13 de março de 2017 às 14h58.
Rio - Para o ministro do Desenvolvimento Social e Agrário, Osmar Terra, organismos internacionais, como o Banco Mundial, "estão contaminados com o discurso" de que o governo do presidente da República, Michel Temer, "não se preocupa com os pobres", como afirmou em discurso durante evento no Rio.
O banco publicou estudo no mês passado no qual defende a ampliação do programa Bolsa Família neste período de recessão para evitar o aumento da pobreza.
Para o ministro, no entanto, não há demanda que justifique mais orçamento do programa, que ele classifica como "uma causa importante, se não é a maior, da informalidade (do mercado de trabalho), porque as pessoas morrem de medo de perder o Bolsa Família se arrumar um emprego".
O governo lançará no fim deste mês, possivelmente no dia 29, um pacote de adaptações no programa, para que ele não interfira na formalização do mercado de trabalho, segundo o ministro.
Entre as medidas está a prorrogação do benefício por um período de transição para quem ingressou no mercado formal.
"O Bolsa Família é um instrumento para manter as pessoas no momento em que mais precisam, em que não possuem oportunidade de trabalho. Se ela consegue um trabalho remunerado e formal tem que ser incentivada, não pode ser punida com a perda do Bolsa Família. Tem que ter pelo menos mais um ou dois anos do Bolsa Família, até ter estrutura mais estável de emprego. Se ela perder esse emprego, tem que ter de volta o benefício instantaneamente", afirmou.