Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia (Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)
Repórter especial de Macroeconomia
Publicado em 11 de março de 2024 às 20h03.
Última atualização em 11 de março de 2024 às 20h26.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, negou nesta segunda-feira, 11, que o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, será demitido. Silveira fez a afirmação ao lado do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, após uma reunião dos dois com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.Ele classificou os rumores como “grande especulação”. Segundo ele, a reunião realizada hoje ocorreu para a diretoria da estatal apresentar o plano de investimentos em projetos de descarbonização e de transição energética.
Silveira também detalhou que a distribuição de dividendos da estatal não foi debatida durante a reunião com o presidente Lula. Segundo ele, a companhia avaliará o que fará com os recursos nos próximos dias.
“A questão da distribuição [dos dividendos] é dinâmica. [O dinheiro] foi para a conta de contingência. O governo do presidente Lula tem trabalhado com muito cuidado no respeito à governança da Petrobras. Todos os investidores sabem que governo é controlador, tem maioria do conselho", disse.
Haddad afirmou que o pagamento dos dividendos será feito 'quando e como' o conselho de administração da Petrobras considerar adequado.
“A Fazenda às vezes é provocada a dizer se entende que a distribuição pode prejudicar o plano de investimento da companhia. Agora, o conselho é soberano para pedir informações. É normal isso. [O dinheiro] está numa conta reservada de remuneração de capital, cuja destinação é a distribuição. O 'quando' e 'como' vão ser julgados à luz das informações", afirmou.
O ministro da Fazenda ainda declarou que a decisão pela distribuição ou não dos dividendos depende de uma avaliação sobre os eventuais impactos no plano de investimentos da companhia.
"O que foi decidido pelo conselho: que a distribuição dos lucros extraordinários serão feitos à medida que ficar claro para o conselho que isso não vai comprometer o plano de investimento da companhia. Então, ao invés de fazer a distribuição de cem por cento dos dividendos extraordinários ou de zero por cento, se julgou conveniência de a luz dos desdobramentos dos investimentos nas próximas semanas e meses o conselho volta a se reunir para julgar a conveniência de fazê-lo e de quando fazê-lo. Esse tipo de decisão não tem nenhum problema", disse Haddad.