Economia

Ministro da Itália alerta que deflação seria um "desastre"

A inflação da zona do euro ficou em 0,7 por cento em abril, muito abaixo do teto de 2 por cento do Banco Central Europeu


	 Padoan: autoridades deveriam dar uma resposta ao problema
 (Eric Piermont/AFP)

 Padoan: autoridades deveriam dar uma resposta ao problema (Eric Piermont/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 31 de maio de 2014 às 17h18.

Trento - A deflação seria um desastre para a zona do euro, em particular para países com alta dívida pública, disse o ministro da Economia da Itália, Pier Carlo Padoan, neste sábado.

A inflação da zona do euro ficou em 0,7 por cento em abril, muito abaixo do teto de 2 por cento do Banco Central Europeu (ECB, na sigla em inglês), e deve permanecer no mesmo nível em maio, de acordo com um levantamento da Reuters junto a analistas.

Na Itália, cifras preliminares para maio divulgadas na sexta-feira mostraram que os preços ao consumidor subiram somente 0,4 por cento no ano.

"As autoridades responsáveis pela política monetária deveriam dar uma resposta adequada a este problema para evitar que as expectativas de inflação caiam", disse Padoan em uma conferência econômica na cidade de Trento.

"Isso seria um desastre para a zona do euro, em particular para países com alta dívida pública", afirmou.

Em sua reunião de formulação de políticas na quinta-feira, o ECB deve cortar sua taxa principal de refinanciamento, que já se encontra no valor baixo recorde de 0,25 por cento, assim como reduzir suas outras taxas de juro e adotar medidas para aumentar os empréstimos para pequenas empresas.

Acompanhe tudo sobre:EuropaItáliaPaíses ricosPiigsZona do Euro

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo