Economia

Ministério vê queda de 8% a 10% do PIB no 2º trimestre

Última projeção divulgada em julho apontava um recuo de 9,3% no PIB no segundo trimestre. Para o ano, a secretaria espera queda de 4,5% na atividade

Paulo Guedes: última projeção divulgada pela SPE em julho apontava um recuo de 9,3% no PIB no segundo trimestre (Tania rego/Agência Brasil)

Paulo Guedes: última projeção divulgada pela SPE em julho apontava um recuo de 9,3% no PIB no segundo trimestre (Tania rego/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 18 de agosto de 2020 às 14h01.

Última atualização em 18 de agosto de 2020 às 14h59.

A Secretaria de Política Econômica, do Ministério da Economia, divulgou nota nesta terça-feira, 18, em que destaca que o produto interno bruto (PIB) do segundo trimestre deve ter contração em torno de 8% a 10%.

A projeção se baseia em estimativas da Secretaria de Fazenda da pasta e no IBC-Br, espécie de prévia do PIB divulgada pelo Banco Central na semana passada e que apontou uma queda de 10,94% no segundo trimestre.

A última projeção divulgada pela SPE em julho apontava um recuo de 9,3% no PIB no segundo trimestre. Para o ano, a secretaria espera queda de 4,5% na atividade econômica.

"A evolução do PIB no primeiro semestre de 2020 reflete a crise causada pela interrupção do comércio e das atividades normais da sociedade. No primeiro trimestre, muitas das grandes economias registraram quedas expressivas do produto trimestral, mas inferiores a 10%. No segundo trimestre, as quedas foram ainda mais impactantes, com muitos países registrando valores acima de 10%", afirma a nota da secretaria.

Na nota informativa divulgada nesta sexta-feira, a SPE também ressaltou os esforços do Brasil para o enfrentamento da crise trazida pelo coronavírus.

Repetindo números já divulgados pela Economia, a secretaria lembrou que o esforço fiscal brasileiro atingiu 7,3% do PIB projetado para 2020, acima da média de 4,1% para 17 países em desenvolvimento e também acima da média de 30 países da OCDE (6,3%).

"Apesar do expressivo esforço fiscal deste ano, o governo federal mantém sua diretriz de responsabilidade fiscal e tanto mercado como governo antecipam esta postura em suas projeções", completa o texto.

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