Armando Monteiro, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior: Monteiro evitou detalhar o plano (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)
Da Redação
Publicado em 7 de janeiro de 2015 às 20h09.
Brasília - O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) irá propor um "arrojado" plano de exportações nos próximos dias que contará com participação do setor privado, disse nesta quarta-feira o novo titular da pasta, Armando Monteiro.
Em seu discurso de posse, Monteiro evitou detalhar o plano e afirmou que a proposta ainda não foi enviada a outros setores do governo. O ministro comprometeu-se a levar adiante uma agenda para melhorar a competividade do setor produtivo brasileiro frente a outros mercados.
Monteiro disse que a balança comercial brasileira neste ano terá um desempenho melhor que o visto em 2014, diante de um câmbio mais favorável às exportações e da retomada do crescimento dos Estados Unidos, que se tornou o maior destino de manufaturados produzidos no Brasil, desbancando a Argentina.
"Seria imprudente fazer um prognóstico. Só poderemos fazer avaliações mais à frente, mas tenho razões para acreditar que o resultado vai ser melhor", disse o ministro a jornalistas, após a solenidade de transmissão de cargo.
O Brasil encerrou 2014 com o pior saldo comercial em 16 anos e o primeiro déficit desde 2000, com as exportações recuando 7 por cento em relação ao ano anterior.
Monteiro disse que buscará estabelecer com o Ministério de Relações Exteriores uma política de comércio exterior mais "ativa". Nesta linha, Monteiro avaliou que os acordos comerciais no âmbito do Mercosul foram importantes, mas que agora "a realidade se impõe", fazendo com que o momento seja de integração com outros mercados. EQUIPE Monteiro anunciou também a volta do economista Ivan Ramalho ao cargo de secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento.
"Ele (Ramalho) vai ser nosso novo secretário, que volta ao MDIC e vai nos ajudar imensamente", disse Monteiro. Ele acrescentou que o anúncio do restante de sua equipe deve ser feito até o fim de janeiro.
Ramalho já havia trabalhado no mesmo posto quando o ministério era comandada por Luiz Fernando Furlan, no primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O economista também ocupou o cargo de alto representante do Mercosul entre 2011 e 2014.