Economia

Ministério da Fazenda deve revisar para até 3% a perspectiva de crescimento econômico em 2023

Revisão é motivada pelo desempenho acima do esperado e indica expectativa de crescimento entre 2,5% e 3% no PIB do ano

O mercado também vem revisando para cima a expectativa de crescimento econômico (RafaPress/Getty Images)

O mercado também vem revisando para cima a expectativa de crescimento econômico (RafaPress/Getty Images)

Agência o Globo
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Publicado em 3 de julho de 2023 às 15h27.

Última atualização em 3 de julho de 2023 às 15h36.

O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, adiantou nesta segunda-feira que a pasta deve fazer uma revisão para até 3% na perspectiva de crescimento econômico no fim de 2023.

No último Boletim Marcrofiscal divulgado, a estimativa para o crescimento do PIB de 2023 foi revista de 1,6% para 1,9% — após o resultado acima do esperado no crescimento econômico do primeiro trimestre deste ano.

"A perspectiva de crescimento do PIB subiu substancialmente. A previsão inicial da Fazenda já era algo próximo de 2%. A realidade foi mostrando que tínhamos razão. O cenário será revisado para cima, mas certamente estamos mais próximos de uma realidade de crescimento do PIB entre 2,5% a 3% neste ano", afirmou.

Crescimento econômico

O mercado também vem revisando para cima a expectativa de crescimento econômico. O boletim Focus — que reúne cerca de 160 bancos, consultorias e outras instituições financeiras — está com uma estimativa de alta do PIB em 2,19% até o fim do ano. Há quatro semanas, a expectativa era de 1,68%. No início do ano, a aposta estava em 0,78%.

"Nós tivemos uma melhoria expressiva, de alguns preços, como a curva de juros caindo substancialmente, e a taxa de câmbio no Brasil, que hoje é mais próxima de uma taxa de equilíbrio", avalia o secretário Mello.

A projeção oficial da Fazenda sobre o PIB de 2023, até então, está em 1,9%. Porém, se todos os próximos trimestres do ano não apresentarem redução, a pasta projeta que o PIB poderá crescer no mínimo 2,4% em 2023. Esse é o chamado "carry over" (carregamento estatístico), ou seja, ‘tudo o mais constante', o PIB já está no projeto no mínimo em 2,4%.

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