Ministério da Economia: Colnago foi ministro do Planejamento no governo Michel Temer, quando acumulou experiência na área (Adriano Machado/Reuters)
André Martins
Publicado em 22 de outubro de 2021 às 14h48.
Última atualização em 22 de outubro de 2021 às 15h38.
Esteves Colnago, atual chefe de relações institucionais do Ministério da Economia, aceitou nesta sexta-feira, 22, assumir o cargo de secretário especial de Tesouro e Orçamento. Ele assumirá o lugar de Bruno Funchal, que pediu demissão ontem. A informação foi antecipada pela CNN e confirmada pela reportagem da EXAME. O ministro Paulo Guedes também confirmou a informação em entrevista coletiva.
Colnago é hoje um dos assessores mais próximos a Guedes e atua como chefe da Assessoria Especial de Relações Institucionais do Ministério da Economia, cargo responsável pelo relacionamento com parlamentares e a ala política do governo.
No início do governo, ele ocupou o cargo de secretário especial adjunto de Fazenda. Ele é mestre em Economia pela Universidade de Brasília e foi presidente dos Conselhos de Administração da Casa da Moeda de Recursos do Sistema Financeiro Nacional e de Administração do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES).
Pesa a favor de Colnago o fato de ele ter bom trânsito no Congresso Nacional -- algo que a equipe econômica precisa muito no momento. Além disso, ele foi ministro do Planejamento no governo Michel Temer, quando acumulou experiência na área.
Caberá a ele a escolha do secretário do Tesouro. O nome ainda está em discussão. Pediram exoneração na quinta-feira, 21, o secretário especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, e sua adjunta, Gildenora Dantas. Também pediram para deixar o cargo o secretário do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt, e seu adjunto, Rafael Araujo. A debandada no Ministério da Economia acontece depois de o presidente Jair Bolsonaro ter anunciado um Auxílio Brasil de 400 reais, que pode ser bancado por meio de mudança no teto de gastos.
O mercado reagiu mal às demissões e ao anúncio do auxílio fora do teto. Nesta sexta, o Ibovespa aprofunda as perdas de quinta-feira, 21. O mercado tem visto os anúncios como uma “guinada populista” do governo Bolsonaro.
Com informações de Estadão Conteúdo.