Economia

Minério de ferro volta a subir com otimismo na China

Possível demanda maior na China e previsão de chuvas no Brasil estimularam acumulação de estoques da commodity


	Na seguda-feira o preço do minério subiu 2,40 dólares por tonelada
 (MARCELO PRATES)

Na seguda-feira o preço do minério subiu 2,40 dólares por tonelada (MARCELO PRATES)

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Da Redação

Publicado em 11 de dezembro de 2012 às 18h20.

Cingapura - Os preços do minério de ferro no mercado físico voltaram a subir nesta terça-feira, atingindo o maior patamar desde 20 de julho, impulsionados pelas compras da China, principal importador, onde as siderúrgicas mantêm a produção em antecipação a uma retomada mais forte da demanda no próximo ano.

Expectativas de que a disponibilidade de minério de ferro possa ser apertada no primeiro trimestre de 2013 devido a ciclone sazonais na Austrália e chuvas no Brasil, principais países exportadores, também estão estimulando compradores a acumular estoques.

O minério com 62 por cento de teor de ferro subiu 1,5 dólar, a 124,90 dólares por tonelada, próximo da cotação de 125 dólares registada em 20 de julho, de acordo com dados do Steel Index.

Na segunda-feira o minério já havia registrado alta de 2,40 dólares por tonelada.

Dados recentes mostrando maior nível de produção industrial e vendas do varejo em oito meses na China sugerem que a segunda maior economia está no caminho de uma recuperação.


Isto eleva esperanças entre investidores de que a demanda chinesa por commodities, incluindo aço, irá subir novamente no próximo ano.

A demanda firma na China, junto com a possibilidade de oferta apertada, devem suportar os preços do minério de ferro à frente, disse Jamie Pearce, chefe de corretagem de minério na SSY Futures.

"Acredito que os fundamentos parecem bons no primeiro trimestre", disse ele.

A produção doméstica de minério geralmente cai durante o Ano Novo Chinês, que cairá em fevereiro, e a oferta é pequena na Índia, onde a mineração tem sido afetada por políticas locais.

"Em conjunto com qualquer problema climático que pode ser visto tanto na Austrália quanto no Brasil, como já vimos no passado, haveria interrupções na oferta que poderiam criar uma alta forte nos preços", completou Pearce.

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