Produção de aço na China: Pequim também está aumentando a campanha para combater a poluição, com planos de fechar siderúrgicas pouco eficientes (Feng Li/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 7 de março de 2014 às 14h37.
Singapura - Os contratos futuros do aço e do minério de ferro na China caíram a mínimas históricas e o mercado físico de minério fechou a segunda semana consecutiva de quedas, refletindo preocupações de que a demanda no maior consumidor mundial das duas commodities não deve acelerar uma vez que o governo planeja uma expansão econômica com menores investimentos.
A Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma disse ao Parlamento na quarta-feira que o governo buscará um crescimento de 17,5 por cento em investimentos em ativos fixos neste ano, ritmo mais lento em 12 anos.
Pequim também está aumentando a campanha para combater a poluição, com planos de fechar siderúrgicas pouco eficientes, o que pode reduzir a demanda por minério de ferro.
"Não há realmente nenhum fator positivo para estimular o mercado de aço na China. A expectativa para a economia não é boa e a campanha antipoluição está focada no setor de aço", disse um operador em Tianjin.
O contrato outubro do vergalhão na bolsa de Xangai fechou a sexta-feira com queda de 2 por cento e chegou a atingir sua menor cotação durante a sessão. O contrato encerrou a terceira semana consecutiva em queda.
Já os contratos de minério de ferro com entrega em setembro na bolsa de Dalian recuaram até o limite diário de 3,9 por cento, atingindo o menor patamar desde que a bolsa lançou os futuros em outubro do ano passado.
Os preços do minério de ferro no mercado físico chinês tiveram mais uma semana de recuo.
Nesta sexta-feira o minério com teor de 62 por cento de ferro <.IO62-CNI=SI> caiu 2,3 por cento, a 114,20 dólares por tonelada. Na semana, o indicador compilado pelo Steel Index acumulou perdas de 3,3 por cento, somando-se às perdas de 3,5 por cento da semana anterior.
Foi a oitava queda semanal em nove semanas.
Com o resultado, o minério na China caiu ao menor patamar em mais de 8 meses, na mínima desde 26 de junho.
"Nós estamos de olho em algumas pequenas cargas, mas apenas se houver comprador. Do contrário, nós não vamos fixar posições neste momento", disse um operador em Xangai. "Acho que o mercado tem mais chances de cair do que se estabilizar, porque os fundamentos para o aço não mudaram."