Economia

Minério de ferro despenca 4% na China com recuo de imóveis

Minério de ferro no mercado à vista da China caiu para perto de 72 dólares por tonelada pela primeira vez em mais de cinco anos


	Ferro: minério já acumula perdas de 46 por cento este ano
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Ferro: minério já acumula perdas de 46 por cento este ano (Dado Galdieri/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de novembro de 2014 às 09h55.

Singapura - O minério de ferro no mercado à vista da China caiu para perto de 72 dólares por tonelada pela primeira vez em mais de cinco anos, depois que dados mostraram um novo declínio nos preços de imóveis residenciais no país, na mais recente evidência de fraqueza de economia no maior consumidor mundial da matéria-prima do aço.

Os preços de residências na China caíram 2,6 por cento em outubro na comparação anual, apesar de uma série de medidas de estímulo do governo. Foi a maior queda anual desde que a Reuters começou a calcular os preços em todo o país em 2011.

O minério já acumula perdas de 46 por cento este ano, com grandes mineradoras de baixo custo, como Rio Tinto, BHP Billiton e Vale elevando sua produção, mesmo com uma desaceleração da demanda na China.

O minério com 62 por cento de teor de ferro com entrega imediata na China despencou 4 por cento nesta terça-feira, para 72,10 dólares por tonelada, menor patamar desde junho de 2009, segundo dados compilados pelo Steel Index.

Os estoques de minério importado nos portos da China subiram pela segunda semana consecutiva, segundo dados do SteelHome, elevando preocupação sobre um consumo mais fraco.

"Soma-se também a alta nos empréstimos de má qualidade na China, o que pode desacelerar ainda mais o crescimento de investimentos", disse o banco Australia and New Zealand Banking Group, em nota.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaChinaIndústriaMineraçãoMinériosPreços

Mais de Economia

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto

Manifestantes se reúnem na Avenida Paulista contra escala 6x1

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta