Polícia faz guarda na entrada de mina Cabeça de Negro, no sul do Peru: os trabalhadores não estão feridos e recebem oxigênio e bebidas por meio de um tubo (Cris Bouroncle/AFP)
Da Redação
Publicado em 9 de abril de 2012 às 07h14.
Brasília – No Peru, um grupo de nove trabalhadores, de 22 a 59 anos, está preso há quatro dias no interior de uma mina a mais de 200 metros de profundidade, depois do desabamento de uma rocha. A expectativa, de acordo com autoridades, é que o resgate leve até três dias. O presidente do Conselho de Ministros, Oscar Valdés Dancuart, disse que novos desabamentos na mina Cabeza de Negro atrasam a operação.
A mina Cabeza de Negro, de cobre e ouro, está localizada a 300 quilômetros ao sul da capital peruana, Lima. As autoridades informaram que os trabalhadores não estão feridos e recebem oxigênio e bebidas por intermédio de um tubo.
As equipes de resgate, que incluem policiais e bombeiros, conseguiram se comunicar com os trabalhadores da mina e informaram que eles estão ansiosos. Um acampamento improvisado, com a presença dos parentes dos mineiros, foi montado no local. As equipes de resgate ainda não conseguiram levar para a mina as máquinas mais pesadas para ajudar na operação.
Valdés Dancuart informou que o “governo fará tudo" para resgatar os trabalhadores. "[Todos] estão em solidariedade com a vida desses concidadãos. Estamos todos juntos para resgatar essas nove vidas", disse ele. "Vamos fazer de tudo para que o [o resgate] seja o mais rápido possível", acrescentou, lembrando que as operações de resgate são conduzidas pelo ministro da Energia e Minas, Jorge Merino.
Em agosto de 2010, o resgate bem-sucedido de 33 trabalhadores, em uma mina no Norte do Chile, chamou a atenção do mundo. Os trabalhadores foram resgatados com vida devido à ajuda de especialistas da Nasa, agência espacial norte-americana, do México e da Argentina, além de chilenos. Com informações da agência pública de notícias do Peru, Andina, e da BBC Brasil.