Policiais junto aos corpos de mineiros mortos: 34 trabalhadores foram mortos a tiros pela polícia na quinta-feira passada na mina sul-africana (AFP)
Da Redação
Publicado em 20 de agosto de 2012 às 10h38.
Marikana - Apenas 27% dos trabalhadores da mina sul-africana de Marikana, onde 34 trabalhadores foram mortos a tiros pela polícia na quinta-feira passada, compareceram ao local nesta segunda-feira, enquanto outros mil funcionários permaneciam em greve.
A maioria dos trabalhadores do turno da manhã da mina decidiu pela continuidade da greve, que pede um aumento de salário, apesar do ultimato da empresa, que ameaça os grevistas de demissão.
"Podem nos demitir se quiserem, mas não voltaremos ao trabalho. Zuma (o presidente sul-africano) deve fechar esta mina", afirmou um dos grevistas.
Os dirigentes sindicais estavam reunidos para decidir que o que fazer na mina, que tem mais de 30.000 funcionários.
Nesta segunda-feira teve início a semana de luto decretada pelo presidente Jacob Zuma em memória das 44 pessoas mortas em Marikana.
Em 12 de agosto morreram 34 mineiros. Dois dias antes, um confronto terminou com as mortes de oito mineiros e dois policiais.