Norte-americanos: apesar da expansão do grupo de ricos, o ritmo diminuiu devido ao “enfraquecimento do crescimento econômico global e ao ambiente político polêmico nos EUA” (Charles Ommanney/Getty Images)
Ligia Tuon
Publicado em 14 de março de 2019 às 16h58.
O número de famílias ricas nos EUA atingiu um novo recorde no ano passado e é praticamente equivalente a toda a população da Suécia ou de Portugal.
Mais de 10,2 milhões de famílias registraram patrimônio líquido de US$ 1 milhão a US$ 5 milhões, sem incluir o valor de sua primeira residência, segundo pesquisa da Spectrem Group. O número subiu 2,5 por cento em relação a 2017.
Apesar da expansão do grupo de ricos, o ritmo diminuiu devido ao “enfraquecimento do crescimento econômico global e ao ambiente político polêmico nos EUA”, disse o presidente da Spectrem Group, George Walper.
O número de famílias com riqueza líquida ultraelevada - aquelas com US$ 5 milhões a US$ 25 milhões em ativos - cresceu 3,7 por cento, para cerca de 1,4 milhão em número, e o total de famílias com mais de US$ 25 milhões cresceu cerca de 0,6 por cento, para 173.000, segundo a pesquisa.
O número de americanos na categoria dos mais ricos mais do que dobrou desde a Grande Recessão, apontou a pesquisa, apesar de o ritmo de aumento ter perdido força.
“Parte dessa desaceleração na geração de riqueza se deve, em parte, à moderação dos mercados de ações após quase uma década de retornos muito fortes, junto com os primeiros efeitos da reforma tributária nas famílias ricas”, disse Greg Soueid, chefe de gestão de riqueza da assessoria Treliant. “Apesar disso, a taxa de crescimento das famílias ricas continua superando as taxas de crescimento da classe média.”
Os resultados da Spectrem foram baseados em entrevistas com mais de 2.300 famílias ricas, 4.450 famílias milionárias e 1.850 investidores com riqueza líquida ultraelevada. A pesquisa tem margem de erro de 4 por cento.