Barack Obama (D) e o presidente do México, Enrique Peña Nieto: "quando o México vai bem, os Estados Unidos vão bem, e também o contrário", disse o americano (AFP)
Da Redação
Publicado em 3 de maio de 2013 às 08h49.
México - O presidente americano, Barack Obama, e seu colega do México, Enrique Peña Nieto, anunciaram nesta quinta-feira a criação de um grupo de alto nível para coordenar ações em matéria econômica, como parte do projeto de priorizar as relações comerciais nos próximos anos.
Este grupo será formado por altos funcionários de ambos governos, incluindo o vice-presidente americano, Joe Biden, e se reunirá pela primeira vez no segundo trimestre deste ano, explicaram os dois presidentes em entrevista coletiva, no primeiro dia da visita de Obama ao México.
"Pela primeira vez, e talvez de forma inédita, o gabinete econômico do México estará reunido com integrantes e titulares de distintos órgãos do governo americano, do mais alto nível, para dialogar e acertar acordos sobre como nossas ações podem acompanhar os esforços do setor privado", disse Peña Nieto.
"Nosso maior parceiro comercial é o Canadá, o segundo é o México. A América está mais integrada que há 20 anos", quando se iniciou o tratado de livre comércio (Nafta) entre os três países, afirmou Obama.
"Quando o México vai bem, os Estados Unidos vão bem, e também o contrário. Acredito que esta é a mensagem principal da minha visita" ao México, acrescentou o presidente dos EUA.
"Estados Unidos e México têm uma das maiores relações econômicas do mundo, que já ultrapassou os 500 bilhões de dólares" ao ano, lembrou Obama.
"Junto com o México, nos dedicaremos a incrementar as conexões entre nossos negócios e trabalhadores", acrescentou Obama, enquanto Peña Nieto destacou que esta estratégia permitirá "abrir espaços de colaboração com apenas um objetivo: tornar a América do Norte mais produtiva e competitiva".
Os dois presidentes reafirmaram seu objetivo de concluir as negociações para o Tratado Transpacífico (TTP), um pacto que envolveria países que respondem por 40% da economia global.
"Este será outro passo fundamental na integração de nossas economias e para competir nos mercados que têm o mais rápido crescimento no mundo, a região Ásia-Pacífico", disse Obama.