Economia

México deplora decisão argentina de nacionalizar YPF

Na visão do presidente Felipe Calderón, a expropriação foi ilegal e deverá espantar investimentos privados de que o país necessita

Presidente Felipe Calderón: "a decisão mostra pouco senso de responsabilidade e racionalidade" (Chip Somodevilla/Getty Images)

Presidente Felipe Calderón: "a decisão mostra pouco senso de responsabilidade e racionalidade" (Chip Somodevilla/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de abril de 2012 às 06h31.

Puerto Vallarta - O presidente do México, Felipe Calderón, deplorou a decisão da Argentina de reestatizar a petrolífera YPF. Na visão dele, a expropriação foi ilegal e deverá espantar investimentos privados de que o país necessita. "A decisão mostra pouco senso de responsabilidade e racionalidade e claramente viola acordos e tratados de reciprocidade para proteção de investimentos", disse Calderon, nesta segunda-feira, em um evento.

A presidente argentina, Cristina Kirchner, anunciou ontem que apresentou ao Congresso um projeto de lei para expropriar 51% das ações da YPF, maior empresa petrolífera do país, que desde 1999 pertence à espanhola Repsol. O México, por meio da gigante estatal Pemex, detém participação minoritária na Repsol. "Espero que a Argentina retifique sua decisão", disse Calderón. "Isto é mal para a Repsol, mas também para os argentinos. Ninguém investe em um país que expropria investimentos, e a Argentina precisa de investimentos para produzir mais petróleo."

O governo argentino acusa a YPF de baixa produção de ter levado o país a elevados gastos com importação de energia. O México detém atualmente a presidência do G-20. As informações são da Dow Jones.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaArgentinaEmpresasEmpresas espanholasEnergiaEstatizaçãoIndústria do petróleoMéxicoPetróleoRepsol YPF

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto