Economia

Meta fiscal de 0,5% foi acordo possível, diz Nelson Barbosa

O ministro do Planejamento disse que a aprovação da meta fiscal, de 0,5% e sem abatimento, foi o "acordo possível" e discutido pela equipe econômica


	Nelson Barbosa: Barbosa deu a declaração em resposta a questionamentos sobre uma possível saída do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, já que ele defendia meta fiscal de 0,7%
 (José Cruz/ Agência Brasil/ Fotos Públicas)

Nelson Barbosa: Barbosa deu a declaração em resposta a questionamentos sobre uma possível saída do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, já que ele defendia meta fiscal de 0,7% (José Cruz/ Agência Brasil/ Fotos Públicas)

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Da Redação

Publicado em 17 de dezembro de 2015 às 16h24.

O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Nelson Barbosa, disse hoje (17) que a aprovação da meta fiscal, de 0,5% de superávit primário (economia para pagar os juros da dívida) sem possibilidade de abatimento, foi o "acordo possível” e discutido por toda a equipe econômica do governo.

Barbosa deu a declaração em resposta a questionamentos sobre uma possível saída do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, já que ele defendia meta fiscal de 0,7%.

“Todas as propostas de governo são discutidas com a equipe econômica. Foi uma proposta de governo e negociada no Congresso Nacional. Foi o acordo possível de ser feito e foi um bom acordo”, afirmou.

Questionado se estaria cotado para chefiar a pasta da Fazenda caso se confirmasse a saída de Levy, Barbosa evitou responder. “Eu não comento sobre assuntos particulares de ministros, ou os meus.”

Nelson Barbosa participou nesta quinta-feira da abertura de seminário sobre regras fiscais no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

No evento, ele falou sobre o esforço de redução de gastos do governo e de medidas para retomada do investimento, como os leilões na área de infraestrutura e o lançamento de uma consulta pública para construir o novo marco regulatório das telecomunicações.

Barbosa informou ainda que, no próximo ano, o governo encaminhará ao Congresso uma proposta de reforma previdenciária. Segundo ele, o Brasil precisa evoluir do ajuste fiscal para uma reforma fiscal.

O ministro defendeu um sistema em que, além de uma meta fiscal, o país adote regras para controle de gastos. “Devemos combinar regras de resultado primário com regras de despesa”, afirmou.

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