Equipe econômica encaminhou Lei de Diretrizes Orçamentárias do próximo ano nesta segunda, 15 (Adriano Machado/Reuters)
Agência Brasil
Publicado em 15 de abril de 2019 às 15h52.
Última atualização em 15 de abril de 2019 às 16h36.
Brasília — A equipe econômica fixou em R$ 124,1 bilhões a meta de déficit primário para o Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) para o próximo ano.
O valor consta da proposta da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2020, enviada nesta segunda-feira (15) ao Congresso Nacional.
O déficit primário é o resultado negativo nas contas do governo sem o pagamento dos juros da dívida pública. O valor representa alta em relação à previsão original de R$ 110 bilhões de resultado negativo para 2020 que constava da LDO de 2019. A lei de cada ano traz previsões para os três anos seguintes.
Em relação à LDO de 2019, a proposta para 2020 reduziu a meta de superávit primário (resultado positivo desconsiderando os juros da dívida pública) dos estados e dos municípios de R$ 14 bilhões (valor previsto da LDO de 2019) para R$ 9 bilhões na proposta da LDO para 2020.
A meta das empresas estatais federais mudou pouco, passando de R$ 3,7 bilhões para R$ 3,8 bilhões.
O texto da LDO prevê déficit primário de R$ 68,5 bilhões para o Governo Central em 2021 e de R$ 31,4 bilhões para 2022. Originalmente, a LDO de 2019 estipulava déficit de R$ 70 bilhões para 2021. O valor para 2022 é inédito.
A LDO define os parâmetros e as metas fiscais para a elaboração do Orçamento do ano seguinte. Pela legislação, o governo deve enviar o projeto até 15 de abril de cada ano.
Caso os parlamentares não consigam aprovar a LDO até o fim do semestre legislativo, em 17 de julho, o Congresso não pode entrar em recesso.