Economia

Mesmo crescendo, Brasil tem pior resultado do PIB entre 39 países

Só a Grécia também teve queda na comparação com mesmo período do ano anterior, mas taxa dessazonalizada e anualizada mostra outra história

PIB segue caindo na comparação com o mesmo período de 2016 (Andrew Harrer/Bloomberg)

PIB segue caindo na comparação com o mesmo período de 2016 (Andrew Harrer/Bloomberg)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 1 de junho de 2017 às 12h46.

Última atualização em 1 de junho de 2017 às 13h43.

São Paulo - O Brasil ficou em último lugar entre 39 países em um ranking de crescimento divulgado pela Austin Ratings.

Os números divulgados hoje pelo IBGE mostram que o PIB subiu 1% no 1º trimestre de 2017 em relação ao 4º trimestre de 2016.

O número já era esperado pelo mercado e representa a primeira alta após 8 trimestres seguidos de queda, apesar de ainda ser prematuro falar em final da recessão.

Mas comparando o 1º trimestre de 2017 com o mesmo período de 2016, o PIB continua caindo: 0,4%.

Na lista da Austin, todos os outros países tem números positivos nessa conta com exceção da Grécia (-0,3%). No topo da lista estão China (6,9%), Filipinas (6,4%) e Índia (6,1%).

Já na taxa dessazonalizada e anualizada, o crescimento brasileiro ficou em 4,3% - um número alto na lista, comparável com Portugal (4,1%) e Polônia (4,5%).

As fontes utilizados foram a Austin Ratings, IBGE, Bancos Centrais, Eurostat, OCDE, FMI e Banco Mundial.

As estimativas da Austin para o crescimento brasileiro estão em 0,7% para 2017 e 2,2% em 2018, mas a tabela mostra as projeções de mercado do último Boletim Focus.

Veja a tabela a seguir. Naa segunda coluna, a taxa foi dessazonalizada e anualizada:

1º Tri 2017 / 1o Tri 20161o Tri 2017 / 4o Tri 2016Proj. 2017Proj. 2018
1China6,9%5,3%6,6%6,2%
2Filipinas6,4%4,5%6,5%5,6%
3Índia6,1%n.d.7,2%7,7%
4Malásia5,6%n.d.4,3%4,0%
5Indonésia5,0%n.d.5,2%5,4%
6Estônia4,4%3,2%2,3%2,7%
7Hong Kong4,3%2,9%2,8%2,2%
8Hungria4,1%5,3%3,4%3,5%
9Israel4,0%1,4%3,4%3,9%
10Polônia4,0%4,5%3,2%3,1%
11Letônia3,9%7,3%2,7%3,0%
12Lituânia3,8%5,5%2,9%3,1%
13Holanda3,4%1,8%2,2%1,8%
14Tailândia3,3%5,2%3,8%2,6%
15Eslováquia3,1%2,0%3,1%3,4%
16Espanha3,0%3,2%2,6%2,1%
17México2,8%2,7%1,7%2,1%
18Coréia do Sul2,8%3,6%2,6%2,6%
19Portugal2,8%4,1%1,7%1,6%
20Cingapura2,7%-1,3%2,3%1,8%
21Finlândia2,7%4,9%0,9%1,3%
22Taiwan2,6%2,9%2,3%1,2%
23Noruega2,6%0,9%1,7%2,0%
24Ucrânia2,4%4,0%2,0%1,5%
25Áustria2,3%2,8%1,6%1,5%
26Suécia2,2%1,6%2,6%2,4%
27Dinamarca2,2%2,4%1,4%1,6%
28Peru2,1%0,5%3,0%2,9%
29Reino Unido2,1%1,2%1,6%1,2%
30Estados Unidos1,9%0,7%2,2%2,5%
31Alemanha1,7%2,4%1,6%1,6%
32Japão1,6%2,2%1,3%1,1%
33Bélgica1,5%2,1%1,4%1,5%
34Colômbia1,1%0,9%2,2%3,0%
35França0,8%1,0%1,3%1,5%
36Itália0,8%1,0%0,8%0,8%
37Rússia0,5%2,3%1,4%1,8%
38Grécia-0,3%-0,5%1,2%1,8%
29BRASIL0,4%4,3%0,5%2,5%

 

Acompanhe tudo sobre:Crise econômicaeconomia-brasileiraPIBPIB do BrasilRecessão

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto