Economia

Merkel: saída da Grécia da zona do euro seria catastrófica

A chanceler alemã reiterou também seu apoio à presença do Reino Unido na União Europeia

Merkel: "tomamos a decisão de fazer parte de uma união monetária. É uma decisão não apenas monetária, mas também política" (Maurizio Gambarini/AFP)

Merkel: "tomamos a decisão de fazer parte de uma união monetária. É uma decisão não apenas monetária, mas também política" (Maurizio Gambarini/AFP)

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Da Redação

Publicado em 26 de março de 2012 às 08h57.

Londres - A chanceler alemã, Angela Merkel, considerou que seria "catastrófico" permitir que a Grécia abandonasse a zona do euro, que se veria "incrivelmente fragilizada", em entrevista à BBC divulgada nesta segunda-feira (horário local).

"Tomamos a decisão de fazer parte de uma união monetária. É uma decisão não apenas monetária, mas também política", declara Angela Merkel.

"Seria catastrófico se declarássemos a um dos países que decidiram ficar conosco 'já não queremos mais você'", completou.

"Além disso, os tratados (europeus) não permitem. Pessoas do mundo inteiro se perguntariam: 'quem será o próximo?'. A zona do euro se veria incrivelmente fragilizada", prosseguiu.

A chanceler completa na entrevista que a Grécia, que fechou dois planos de resgate financeiro com a UE e o FMI, tem adiante "um caminho longo e árduo", apesar de afirmar que "seria um enorme erro político permitir" que este país abandonasse o euro, presente atualmente em 17 Estados.

"A situação é muito tensa. A Europa, e particularmente a zona do euro, está em crise. Esta crise é a consequência da crise financeira mundial e provocou discussões muito duras em muitos países", completou Merkel, questionada sobre a emergência de um suposto sentimento antialemão na Grécia.

Angela Merkel reiterou também seu apoio à presença do Reino Unido na União Europeia, apesar de o primeiro-ministro David Cameron não querer se somar ao novo pacto fiscal europeu.

"A Grã-Bretanha deve saber que na Alemanha queremos uma Grã-Bretanha forte na UE, é o que sempre desejamos e o que sempre desejaremos", afirmou.

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