Economia

Merkel reitera apoio à permanência da Grécia no euro

Merkel exigiu a Atenas que cumpra o plano de austeridade com o qual se comprometeu com o grupo de entidades credoras conhecido como "troika"

Na segunda-feira passada, a chanceler classificou a situação criada pelos resultados das eleições parlamentares gregas como "não isenta de complexidade" (©AFP / Odd Andersen)

Na segunda-feira passada, a chanceler classificou a situação criada pelos resultados das eleições parlamentares gregas como "não isenta de complexidade" (©AFP / Odd Andersen)

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Da Redação

Publicado em 9 de maio de 2012 às 16h10.

Berlim - A chanceler alemã, Angela Merkel, reiterou seu apoio à endividada Grécia quanto à permanência do país na zona do euro, em declarações que serão publicadas na edição desta quinta-feira do jornal "Passauer Neue Presse", mas já antecipadas nesta quarta.

"Sempre disse que a superação da crise é um processo longo e árduo e sempre quis solucionar de maneira que a Grécia continuasse membro da zona do euro. Nada mudou em relação a isso", ressaltou a chefe de governo alemão.

Merkel exigiu a Atenas que cumpra o plano de austeridade com o qual se comprometeu com o grupo de entidades credoras conhecido como "troika" - formado pela Comissão Europeia, Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI).

"Continua vigente que os acordos com a "troika" e os objetivos de reforma devem ser cumpridos. Só assim podemos imaginar o retorno da Grécia à estabilidade e à fortaleza econômica", assinalou.

Na segunda-feira passada, a chanceler classificou a situação criada pelos resultados das eleições parlamentares gregas como "não isenta de complexidade", após o avanço de partidos hostis aos ajustes e duro programa de austeridade ao que Atenas está comprometido com seus parceiros da União Europeia.

Em uma primeira reação, antes do fracasso do líder conservador grego, Antonis Samaras, por encontrar o apoio necessário para formar governo de coalizão, o porta-voz do Executivo alemão, Steffen Seibert, afirmou que Berlim não se desinteressaria por Atenas e considera vigentes todos os acordos internacionais adotados.

"São o melhor caminho para sair da crise", acrescentou o porta-voz em referência às reformas. Em sua opinião, assim como segundo a chanceler, é prematuro fazer avaliações sobre o rumo que Atenas adotará. 

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