Economia

Merkel: problemas na zona do euro devem ser atacados pela raiz

Berlim - A crise da dívida grega criou o maior desafio da história do euro, mas uma solução rápida organizada por outros países que utilizam a moeda não é a melhor estratégia, disse nesta quarta-feira a chanceler alemã, Angela Merkel.   "O euro enfrenta o desafio mais forte com o qual já teve de lidar", […]

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Da Redação

Publicado em 17 de março de 2010 às 10h02.

Berlim - A crise da dívida grega criou o maior desafio da história do euro, mas uma solução rápida organizada por outros países que utilizam a moeda não é a melhor estratégia, disse nesta quarta-feira a chanceler alemã, Angela Merkel.

"O euro enfrenta o desafio mais forte com o qual já teve de lidar", disse Merkel à Câmara Baixa do Parlamento.

"Um rápido ato de solidariedade definitivamente não é a resposta certa. Em vez disso, a resposta certa é cortar o problema pela raiz... portanto, não há alternativa ao programa fiscal da Grécia", acrescentou em discurso.

Merkel acrescentou que a solução para os problemas da zona do euro precisa emanar da Grécia.

Ela lembrou que o ministro das Finanças, Wolfgang Schaeuble, trouxe propostas para lidar com Estados com problemas fiscais no futuro. Ele sugeriu a criação de um Fundo Monetário Europeu.

"Wolfgang Schaeuble não fez a proposta para a Grécia", disse Merkel. "Wolfgang Schaeuble fez a proposta para que o Fundo Monetário Internacional (FMI) não precise ser chamado no caso de situações potenciais que hoje teriam que ter essa solução", disse Merkel.

A ideia do FMI surgiu em meio à crise da dívida da Grécia, que forçou o país a tomar medidas austeras, incluindo o corte de mais de 2 bilhões de euros do orçamento e o aumento do imposto sobre valor agregado a 21 por cento.

Mudanças no tratado europeu seriam necessárias para permitir que um país seja excluído da zona do euro se isso se tornasse necessário ao final, acrescentou Merkel.

"No futuro, como último recurso, precisamos de um artigo no tratado que torne possível excluir um país da zona do euro se as condições não estiverem sendo cumpridas no longo prazo."

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