Merkel considerou possível não haver um comunicado final ao término da reunião, como na cúpula anterior (Jonathan Ernst/Reuters)
AFP
Publicado em 6 de junho de 2018 às 11h00.
Em declarações nesta quarta-feira (6), a chanceler alemã, Angela Merkel, antecipou "controvérsias" na próxima cúpula de países do G7 do Canadá, que acontece na sexta e no sábado, em um contexto marcado por várias divergências entre os Estados Unidos e seus sócios.
"Temos um sério problema com os acordos multilaterais e é por isso que haverá controvérsias", em particular sobre "o comércio internacional, a proteção do clima e as políticas de desenvolvimento e externa", afirmou a chanceler, ressaltando as "inúmeras diferenças" entre União Europeia (UE) e Estados Unidos, por ocasião de uma sessão de perguntas com deputados.
Merkel usará a cúpula para ter reuniões bilaterais, entre outros, com o novo presidente do Conselho italiano, Giuseppe Conte, com quem a relação se anuncia como complexa.
A chanceler considerou possível não haver um comunicado final ao término da reunião, como foi o caso na cúpula anterior do G7 de Taormina, na Itália. Os Estados Unidos se recusaram a assinar a declaração final, depois de anunciarem sua retirada do Acordo de Paris sobre o clima.
A cúpula do G7 reunirá no Canadá sete dos países mais industrializados do mundo: o anfitrião, Estados Unidos, França, Itália, Alemanha, Grã-Bretanha e Japão.