Economia

Merkel pede vontade à Grécia em acordo que ainda é possível

"Os esforços da Alemanha têm como objetivo que a Grécia continue na zona do euro", reiterou a chanceler alemã


	Merkel: Convencida de que o euro é mais que uma moeda e representa um símbolo da unidade europeia, Merkel defendeu a análise "cuidadosa" de qualquer passo que se dê no caso da Grécia
 (Clemens Bilan/AFP)

Merkel: Convencida de que o euro é mais que uma moeda e representa um símbolo da unidade europeia, Merkel defendeu a análise "cuidadosa" de qualquer passo que se dê no caso da Grécia (Clemens Bilan/AFP)

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Da Redação

Publicado em 18 de junho de 2015 às 10h20.

Berlim - A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, assegurou hoje que "quando há vontade, se encontra o caminho" e se mostrou convencida que se as autoridades políticas gregas mostra / amostra essa vontade "ainda é possível uma acordo".

"Queremos que os cidadãos da Grécia, como os de República da Irlanda, Espanha, Portugal e Chipre, tenham perspectivas de um futuro melhor", disse Merkel em pronunciamento no Bundestag (Câmara Baixa alemã) anterior à reunião do Eurogrupo e à do Conselho Europeu, que será realizada na próxima semana.

O acordo com as instituições - Comissão Europeia (CE), Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI) - lançará as bases necessárias para que o Eurogrupo tome uma decisão e também o Bundestag, que deve referendar o pacto, lembrou Merkel.

Ela reiterou as duas mensagens que foram o eixo de seu discurso desde o início da crise: "Os esforços da Alemanha têm como objetivo que a Grécia continue na zona do euro", mas sem esquecer que a "solidariedade" exige respostar com "esforço" e "responsabilidade".

Entre algumas vaias no plenário, Merkel assegurou que a "Grécia foi nos últimos cinco anos objeto de uma solidariedade sem precedentes" e lembrou que não foi o único país ao qual os parceiros europeus ofereceram ajuda sempre sob o princípio de "apoio em troca de contrapartidas".

Ela ressaltou os exemplos de República da Irlanda, Espanha e Portugal, países que encerraram seus programas de ajuda, "aproveitaram sua oportunidade e com reformas estruturais dolorosas conseguiram estabelecer os fundamentos para um novo crescimento, uma nova competitividade e novos postos de trabalho, embora o caminho não tenha sido fácil e ainda devem continuar lutando".

Segundo a chanceler, a Grécia também esteve "no bom caminho", mas não o concluiu e "infelizmente" foram atrasadas reformas estruturais necessárias, que são um requisito não só para encerrar o segundo programa de resgate, mas também para que o país avance rumo a um crescimento sustentável.

Merkel se referiu assim ao acordo fechado no Eurogrupo no dia 20 de fevereiro, que permitiu a Atenas fixar sua própria agenda de reformas com o compromisso do governo de Alexis Tsipras de cumprir suas promessas e obrigações perante as três instituições credoras.

Convencida de que o euro é mais que uma moeda e representa um símbolo da unidade europeia, Merkel defendeu a análise "cuidadosa" de qualquer passo que se dê no caso da Grécia.

Segundo sua opinião, a Europa é agora "indiscutivelmente mais robusta" que no início da crise e pode enfrentá-la de outra maneira graças justamente aos passos dados para ajudar os países com problemas, às reformas adotadas e ao princípio ainda vigente de "solidariedade em troca de responsabilidade própria".

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