A Alemanha enfrenta ameaças de novas tarifas sobre a importação de automóveis dos Estados Unidos (Hannibal Hanschke/Reuters)
EFE
Publicado em 5 de julho de 2018 às 14h56.
Berlim - A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, se mostrou nesta quinta-feira disposta a uma redução de tarifas sobre a importação de automóveis, mas ressaltou que uma medida assim deve incluir todos os países com indústria automotiva para assim cumprir com as normas da Organização Mundial do Comércio (OMC).
Merkel lembrou que existe a possibilidade de negociar as tarifas em termos mais amplos ou sobre um grupo determinado de produtos, mas que nesse último caso "é preciso garantir o mesmo tratamento para todos os parceiros comerciais no mundo".
"Isso pode ser perfeitamente uma alternativa que eu poderia cogitar", afirmou a chanceler a respeito, durante uma entrevista coletiva conjunta com o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, de visita oficial em Berlim.
Merkel respondia assim à disposição expressada por Washington através do seu embaixador na Alemanha, Richard Grenell, de eliminar totalmente as tarifas sobre a importação de automóveis em nível bilateral entre os Estados Unidos e a União Europeia (UE).
"As negociações para a redução de tarifas, à qual estaria disposta, não só com os EUA, significam que temos que fazê-lo com todos os países com os quais temos relações comerciais no âmbito do setor automotivo, mas não seria conforme às normas da OMC", ressaltou.
Orbán, por sua vez, se limitou a assinalar que o governo húngaro, assim como o alemão, está interessado em uma política de "tarifas o mais baixo possível", o que permite que as economias possam continuar existindo.