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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.
Berlim e Atenas precisam evitar retóricas negativas enquanto cooperam para retirar o governo da Grécia da crise orçamentária, afirmou a chanceler da Alemanha, Angela Merkel. Na reunião de hoje, ela e o primeiro-ministro grego, George Papandreou, vão discutir uma "cooperação reforçada" entre a Alemanha e a Grécia. "Essa será uma conversa interessante, mas amigável também", disse.
"Nós devemos permanecer ao lado da Grécia, dispostos a ajudar, e não a encorajar complicações", disse Merkel. Papandreou vai se reunir com a chanceler mais tarde em Berlim e, embora o governo alemão tenha destacado que não vai fazer qualquer oferta de ajuda para a Grécia, o primeiro-ministro vem afirmando que quer que os parceiros da União Europeia acompanhem os novos planos de austeridade de seu governo.
Angela Merkel afirmou que o plano de austeridade do governo de Papandreou, divulgado na quarta-feira, deve ser revisado pela Comissão Europeia (CE), pelo Banco Central Europeu (BCE) e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). "Todas as três instituições têm afirmado que o plano de austeridade é um passo magnífico", disse. "Nós reconhecemos isso também."
Hoje, Papandreou também se encontra com o presidente do Eurogrupo - que reúne os ministros de Finanças dos países da zona do euro -, Jean-Claude Juncker, antes de se encontrar com Angela Merkel. As visitas fazem parte de um tour de cinco dias a capitais de outros países, enquanto a Grécia se esforça para ajustar suas finanças públicas e em meio a rumores de um possível plano de resgate para o país.
Mais cedo, o ministro da Economia da Alemanha, Rainer Bruederle, disse que a Grécia é responsável por suas finanças e não deveria precisar de ajuda da Alemanha ou de outro país da zona do euro. "O primeiro-ministro grego Papandreou não disse que quer um centavo e nós não queremos dar a ele nenhum centavo", disse Bruederle.
No domingo, Papandreou deverá se reunir com o presidente da França, Nicolas Sarkozy, em Paris. Na terça-feira, será a vez do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, receber o primeiro-ministro grego em Washington.
As informações são da Dow Jones