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Da Redação
Publicado em 30 de abril de 2013 às 15h18.
Berlim - A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, afirmou nesta terça-feira que os ajustes orçamentários e o crescimento econômico não são estratégias opostas, mas "complementares" na luta contra a crise de alguns países europeus.
Na entrevista coletiva conjunta com o novo primeiro-ministro da Itália, Enrico Letta, a chefe do governo alemão destacou que "a consolidação fiscal" e "o crescimento" são fundamentais para melhorar a "competitividade" e fomentar a criação de emprego.
Merkel pediu que todos os países da eurozona "façam suas tarefas" e reconheceu que nos últimos meses a "Itália percorreu um trecho considerável de seu caminho" de reformas e ajustes.
A chanceler apontou como medidas necessárias na luta contra a crise a introdução do pacto fiscal e o fundo de resgate permanente, conhecido como Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), assim como os passos dados para a criação um supervisor bancário comum.
"A Europa tem que sair da crise mais forte de como entrou nela", assegurou Merkel.
Por sua parte, Letta ressaltou perante a chanceler o compromisso de seu governo, ratificado ontem pelo Parlamento e nesta manhã pelo Senado, de "seguir com o saneamento das contas públicas". O primeiro-ministro enfatizou os avanços conseguidos pela Itália nos últimos meses.
Segundo sua opinião, se o continente permanece em crise após cinco anos é porque não houve "Europa suficiente".
O primeiro-ministro da Itália destacou que seu país saiu "reforçado" destes dois meses de "crise política", que seu Executivo é "claramente político" e que vai trabalhar para recuperar a "confiança" nas instituições por parte de desempregados e empresas.