Economia

Mercosul tem que reagir ao TPP, diz chanceler do Uruguai

O chanceler do Uruguai disse é preciso reagir ao Tratado Transpacífico porque essa conjuntura representa uma perda de competitividade


	Bandeiras do Mercosul: "temos que reagir, tanto em nível de país como do Mercosul" ao TPP, disse chanceler uruguaio
 (Norberto Duarte/AFP)

Bandeiras do Mercosul: "temos que reagir, tanto em nível de país como do Mercosul" ao TPP, disse chanceler uruguaio (Norberto Duarte/AFP)

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Da Redação

Publicado em 11 de novembro de 2015 às 16h31.

Montevidéu - O chanceler do Uruguai, Rodolfo Nin Novoa, disse nesta quarta-feira em Montevidéu que tanto seu país como o Mercosul têm que reagir ao Tratado Transpacífico (TPP), porque essa conjuntura representa uma perda de competitividade.

"Temos que reagir, tanto em nível de país como do Mercosul" ao TPP, tratado assinado por 12 países e que representa 40% da economia mundial, "porque a concorrência vai ser muito dura", comentou Novoa.

Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Estados Unidos, Japão, Malásia, México, Nova Zelândia, Peru, Cingapura e Vietnã, todos pertencentes à Bacia do Pacífico, assinaram o TPP no último dia 5 de outubro com o objetivo de eliminar a maioria de tarifas e barreiras comerciais e de investimento.

"Devemos começar a posicionar-nos perante estes processos comerciais, estudá-los, avaliá-los e conhecê-los. É um fato de responsabilidade e um dever", afirmou Novoa.

Nesse sentido, o chanceler disse que pediu a todos os embaixadores uruguaios nos países do Pacífico um relatório sobre como o TPP está impactando nos diversos estamentos da sociedade.

Estes novos espaços de negociação "reconfiguram as regras básicas e obrigam todos os países a redimensionar suas políticas comerciais para ajustar-se às novas realidades", considerou o chanceler, que, perante um movimento como o TPP, defendeu a busca da assinatura de Tratados de Livre-Comércio (TLC) com terceiros como solução.

"Primeiro com o Mercosul, mas, se o Mercosul não quiser ou não lhe convir, trabalhemos pela flexibilização" para poder assinar TLC de maneira individual, completou.

Novoa ressaltou que o bloco formado por Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela é a pedra fundamental da estratégia nacional em termos de inserção internacional", mas que a filiação ao bloco "não pode ser a desculpa para adiar a agenda de trabalho e os esquemas de trabalho com terceiros países".

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