Fed: segundo Kashkari, houve evolução no mercado de trabalho, mas os dados ainda sugerem que a economia não está em pleno emprego (thinkstock)
Da Redação
Publicado em 9 de maio de 2016 às 17h23.
Mineapolis - O presidente do Federal Reserve de Minneapolis, Neel Kashkari, afirmou que os mercados financeiros estão concentrados demais na próxima decisão de política monetária do banco central dos EUA.
Em sua opinião, mais atenção deveria ser dada a políticas de longo prazo que possam melhorar a economia do país.
Desde que assumiu a direção da regional de Minneapolis, no começo deste ano, Kashkari tem se focado em explorar como acabar com o problema das empresas conhecidas como "grandes demais para falir" (too big to fail), em geral bancos que, em caso de colapso, podem afetar toda a economia global.
Em discurso hoje, Kashkari explicou sua relutância em falar sobre política monetária, argumentando que existem limites para o que o Fed pode fazer para melhorar a economia.
"A verdade é que os bancos centrais não podem influenciar tanto as coisas que realmente importam para o bem estar de longo prazo da sociedade", disse.
"Nós não podemos influenciar a tendência de crescimento da produtividade. Não podemos influenciar a competitividade. Não podemos influenciar o desempenho educacional", acrescentou.
De todo modo, Kashkari fez comentários sobre economia e política monetária. O dirigente afirmou, por exemplo, que embora a recuperação econômica esteja sendo animadora, ele acredita que ainda existe espaço para melhora.
Segundo Kashkari, houve evolução no mercado de trabalho, mas os dados ainda sugerem que a economia dos EUA não está em pleno emprego.
O líder do Fed de Minneapolis afirmou também que apoia a atual política de juros baixos, desde que a inflação continue baixa.,
"Dada a notável fragilidade das pressões de preço e salários, e também a possibilidade de devolver pessoas ao mercado de trabalho, acredito que a atual posição de política monetária é apropriada", disse.
Ele acrescentou que seu apoio pode mudar caso fatores econômicos mudem e o levem a escolher por um dos dois lados, a favor ou contra um maior aperto monetário. Existem "limites para os dogmas", disse.
Fonte: Dow Jones Newswires.